Os bancários do estado do Rio Grande do Norte decidem nesta quinta-feira
(12), em assembleia, se aprovam o indicativo de greve da categoria. Se
aprovado, os trabalhadores votam na próxima quarta, dia 18, a
deflagração ou não da greve. De acordo com Marta Turra,
coordenadora-geral do Sindicato dos Bancários do RN, a assembleia de
hoje ocorre às 18h30, na sede do sindicato, na avenida Deodoro da
Fonseca. Segundo Turra, a decisão sobre o indicativo de greve ocorre
nacionalmente, ligado ao comando nacional do segmento, que representa
cerca de 95% dos 490 mil bancários do país.
Ela explica também
que a pauta de reivindicações envolve aspectos de ordem econômica,
condições de trabalho e saúde e reivindicações que atingem a sociedade.
Entre os pedidos da categoria estão reajuste salarial de 22%. "No setor
privado, a defasagem desde a aplicação do Plano Real em relação à
inflação é de 22%, enquanto no setor público chega a 90%", afirma. Os
trabalhadores pretendem negociar o pagamento da defasagem em até três
anos.
O grupo também pede isonomia no tratamento de direitos
entre os servidores mais jovens e mais antigos. "Existe, dentro da
categoria, um grupo majoritário de bancários que não tem os mesmos
direitos dos que entraram até 1998", diz. Entre esses direitos
pleiteados pela categoria estão o anuênio e a licença premium. O
sindicato também é contrário à regulamentação da terceirização proposta
pelo Projeto de Lei 4330, que pode alcançar cargos de bancários como
gerentes e caixas.
Marta Turra diz que todas essas reivindicações
atingem as condições de trabalho dos trabalhadores. "A lei das filas
não é cumprida por não ter pessoal necessário para atender os clientes",
diz ao citar a contratação de pessoal e realização de concurso público
para bancos públicos como outro pleito da categoria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário