O ex-senador Manoel Cordeiro Vilaça e o seu filho, Elias Antônio
Pereira Vilaça, ex-procurador da ALRN, receberam homenagens póstumas da
Assembleia Legislativa na sessão solene realizada esta manhã (10) no
plenário da Casa. A iniciativa foi do presidente, deputado Ricardo Motta
(PROS), que destacou os relevantes serviços prestados por pai e filho
ao Rio Grande do Norte.
Natural de São João (PE), o ex-senador, a quem foi concedida a
medalha do Mérito Legislativo, maior honraria da Casa, completaria 100
anos amanhã. Depois de concluir Medicina em Recife, escolheu Natal para
exercer seu ofício. Especializou-se em pediatria e saúde pública e
chegou a ser ministro da Saúde no governo de João Goulart, entre junho e
agosto de 1962. Também foi suplente do senador Monsenhor Walfredo
Gurgel e em 1966 assumiu sua vaga, quando Walfredo Gurgel foi eleito
governador do RN.
No Senado sua atuação foi relevante: relatou 108 proposições, entre
emendas constitucionais, projetos de lei, projetos de decreto
legislativo e foi vice-presidente e membro titular da Comissão de Saúde e
da Comissão do Polígono das Secas e membro da comissão mista de estudo
do projeto da Constituição. Foi titular das comissões de Saúde e de
Finanças e delegado do Brasil junto ao Parlamento Latino-Americano. Foi o
coordenador geral do Orçamento da União e vice-líder do governo. O
ex-senador faleceu em 1971, deixando viúva Dione Pereira Vilaça e cinco
filhos.
"É de uma riqueza exemplar a biografia de Manoel Vilaça. Um
trabalho perene e de referência para todos nós, que abraçamos a
atividade pública. O mais importante, porém, foi a consolidação de uma
família aos moldes do seu patriarca. Temos um exemplo a provar, uma
história para contar, uma ausência para nos entristecer, um amigo que se
foi: o meu amigo Elias Vilaça, colega de trabalho durante longos anos
nesta Casa, que é a extensão da minha casa por missão delegada pelo povo
e pelo carinho", disse o presidente Ricardo Motta.
Ricardo Motta definiu Elias Vilaça como um grande amigo e colega de
trabalho, sempre disposto a colaborar e profissional eficiente,que
faleceu aos 61 anos, em setembro de 2011. A ele foi concedido em
homenagem póstuma o título de Cidadão Norte-riograndense. Seu filho,
Adriano Vilaça, fez um pronunciamento em nome dos familiares e destacou
os valores transmitidos por seu pai, principalmente de preservar as
amizades. "Meu pai tinha muita alegria de viver e transmitia isso para
nós. Foi muito difícil perdê-lo, porque ele exalava alegria. E mesmo
aposentado, frequentava constantemente esta Casa, pois tinha uma paixão
pela Assembleia e pelo Rio Grande do Norte", disse.
Karina Vilaça, neta do ex-senador, fez um breve e emocionado
pronunciamento, exaltando o espírito sereno, tranquilo, capaz,
profundamente bom, inteligente e amigo do avô. "Fosse como como pediatra
ou no exercício do Senado, ele servia ao próximo com grande dedicação e
deixou para a família e o Brasil a mesma saudade. Nossa família
agradece ao presidente desta Casa pela iniciativa em homenagear a um só
tempo, filho e pai", disse Karina.