O Plenário da Assembleia Legislativa aprovou nesta quarta-feira, 13
de novembro, em segundo turno, os projetos do deputado Kelps Lima que
extinguem o uso de marcas e slogans de governos de ocasião e fotos de
governadores nas paredes das repartições públicas. Na mesma votação, os
deputados confirmaram outra Lei de Kelps que cria o Princípio da
Eficiência na Gestão Pública do Rio Grande do Norte, o que obriga a
Constituição Estadual a ser reeditada para que o artigo que trata do
tema seja inserido em seu texto oficial.
Para o deputado Kelps Lima, a aprovação desses projetos marca o fim
de uma era e cria no RN o alicerce para mudanças profundas. “A classe
política do Rio Grande do Norte começa a entender que não há mais como
sobreviver eleitoralmente se não construir um ambiente de sintonia com o
que pede a sociedade.”, diz o parlamentar. “É verdade que a resistência
às mudanças ainda é algo muito presente, principalmente em focos da
política antiga, onde predomina o nocivo comportamento da manutenção do
poder pelo poder. Mas, mesmo essa resistência mais enraizada, vai acabar
cedendo aos tempos modernos da política. O interesse popular precisa
sobressair ao interesse particular de um ou outro deputado, de um ou
outro governador, de um ou outro Senador. Torço para que os políticos
que não se enquadrarem no novo momento vivido nas ruas percam espaço na
vida pública”, comemorou o deputado.
Com a aprovação das Leis de Kelps, nenhum governador, a partir de
2015, poderá criar uma marca própria ou um slogan próprio, sugerindo que
a sua imagem é a imagem do Estado. Pelas novas regras, a única marca do
Estado será o seu brasão oficial e o único slogan será a frase Governo
do Estado do Rio Grande do Norte. “Com o Princípio da Eficiência na
Constituição, ninguém mais poderá se perpetuar no cargo sem cumprir
metas e ser competente. Aqueles que, com seus atos – ou na falta destes –
promoverem frustração nas expectativas da sociedade, poderão ser
substituídos.”
Para o deputado Kelps, tanto faz quem será o próximo governador e as
cores que ele usar em sua campanha eleitoral. “Tanto faz se for preto,
amarelo, branco ou lilás. Quem assumir a cadeira de governante a partir
de agora terá que se submeter ao Estado e não o contrário. Creio que, em
alguns anos, teremos encerrado esse período de reis e rainhas na
política potiguar, que tanto mal faz às finanças e às nossas
instituições.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário