Atualmente restrito a um grupo de 11 categorias profissionais, o
porte poderia ser autorizado para qualquer cidadão. Seria preciso
comprovar aptidão técnica e psicológica, não ter antecedentes criminais e
nem estar respondendo a um processo criminal no momento do pedido.
O autor do PL, deputado federal Peninha Mendonça (PMDB-SC), diz que a
proposta tenta adequar a legislação ao pensamento da maioria da
sociedade. Em 2005, 63,96% dos brasileiros rejeitaram, em referendo, a
proibição do comércio de armas no país (a votação não fazia referência
ao porte). “O projeto apenas permite o que a maioria da população
deseja: que o cidadão de bem tenha direito de ter uma arma para se
defender”, afirma o parlamentar.
O conteúdo original, no entanto, deve ser suavizado por meio de um
substitutivo do relator da matéria na comissão especial, Cláudio Cajado
(DEM-BA). Ele antecipou que vai mudar itens polêmicos, como o prazo de
validade do registro de armas e a idade mínima para a posse e o porte.
Atualmente, o registro precisa ser refeito a cada três anos. Pelo
projeto original, a validade nunca expiraria, mas Cajado vai sugerir um
prazo de cinco anos. O relator também deve manter nos atuais 25 anos de
idade a exigência mínima para a compra de armamento, contra 21 anos
previstos no texto de Mendonça. O porte seria concedido apenas após
cinco anos de posse, ou seja, a partir dos 30 anos.
“Dentro do escopo normatizado pelo Estatuto, queremos poder encontrar
um meio termo, que permita à população o exercício do direito
constitucional de defesa da vida”, disse Cajado, durante debate com
internautas na semana passada.
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