“Uma carrada, que é um caminhão cheio, sai daqui com 40 metros cúbicos de madeira cortada. Rende R$ 400. É isso o que conseguimos faturar por semana. No final do mês, são R$ 1.600 no bolso, dinheiro que vai sustentar a família”, explicou o agricultor Pedro Gomes, de 72 anos.
Dono de 15 hectares de terra, Pedro disse que em 2011 chegou a ter 4 mil pés de caju produtivos. "Naquele ano, vendi 30 toneladas de castanha para a cooperativa dos produtores de caju do município, que exportou tudo para a Suíça. Foi uma época de fartura para todos nós. Era tanto caju que chegou a fazer lama", brincou. De acordo com a Cooperativa dos Beneficiários Artesanais de Castanha de Caju de Serra do Mel (Coopercaju), uma tonelada de castanha beneficiada, pronta para o consumo, era exportada em 2011 a R$ 36 mil.
Mas, ainda de acordo com o próprio agricultor, nestes últimos quatro anos a seca tomou conta de tudo e o tempo de boas safras chegou ao fim. "Ano passado, para vocês terem uma ideia, colhi apenas 189 quilos. A castanha bruta (in natura) ainda consegui vender a R$ 3 o quilo. Este ano, o pouco que deu meus netos comeram numa torrada só", contou.
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