Até 434 mil pessoas podem ter morrido em 2015 por erros de atendimento enquanto estavam hospitalizadas nos sistemas público e privado de saúde no Brasil. É o que estima um estudo inédito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) que será divulgado nesta quarta-feira durante evento em São Paulo.
Para chegar a esses dados, a equipe de pesquisadores extrapolou resultados obtidos em uma pesquisa de grupo para o número de internações em todos o país.
A constatação: se todos os hospitais do Brasil tivessem um elevado grau de qualidade e acreditação internacional, o número de óbitos por problemas hospitalares seria de 104 mil em um ano. Em condições mais realistas, o número seria de 434 mil mortes.
Isso significa que a cada três minutos, dois brasileiros podem ter morrido em 2015 por problemas durante a internação, como erros na aplicação de medicamentos ou infecção hospitalar.
De acordo com o estudo, no primeiro cenário, essas mortes seriam a quinta causa de óbitos no Brasil. Na perspectiva mais realista, a primeira ou segunda – à frente das doenças do aparelho circulatório (que mataram 339.672 pessoas em 2013) ou câncer (que respondeu por 196.954 óbitos em 2013).
Nenhum comentário:
Postar um comentário