A cremação tem se tornado muito
comum em diversos países como a Suíça e a Inglaterra, por exemplo, onde a
preferência por essa opção chega a 80%. O Japão registra o maior índice
de cremações com 99% e nos Estados Unidos esse percentual chega a 41%.
No Brasil a procura por esse ritual de despedida também está ficando
cada vez mais comum. Nos últimos anos pessoas famosas como Chico Anysio,
Millôr Fernandes, o ex-vice-presidente José Alencar, o ator Marcos
Paulo e o jornalista Joelmir Beting foram cremados. “Em 1997, o Brasil
possuía apenas três crematórios. Dez anos depois esse número já havia
aumentado para 23 e atualmente existem aproximadamente cinquenta
crematórios em todo o país”, afirma Heber Vila, gerente de projetos do
Grupo Vila.
O Grupo Vila já possui, desde
2009, um crematório na cidade de Paulista/PE, que entre 2010
a 2012 registrou uma média mensal de cremações de 60%. “Nesse período
nosso crematório passou de 22 cremações por mês para 35, chegando ao
pico de 41. Em Pernambuco em torno de 20% dos clientes preferem o
serviço de cremação ao de sepultamento”, explica Heber que completa, “a
instalação do crematório em Natal fortalece a presença do Grupo Vila
como uma empresa de soluções funerárias completas. A partir da
inauguração do crematório passamos a oferecer aos clientes potiguares
mais uma opção de cerimonial de despedida”.
Em Natal, o Crematório Morada da
Paz vai ocupar uma área de 315 m2, terá uma sala de cerimônias, com
capacidade para 56 pessoas; hall de entrada; sala de estar; jardim
e um columbário (local para armazenar as urnas). O crematório será
equipado com um forno de última geração produzido pela empresa
U.S. Cremation Equipaments, dos Estados Unidos. Durante a cerimônia de
cremação a urna é banhada por uma chuva de pétalas e uma iluminação
especial proporcionando uma bela despedida dos entes queridos. Em
seguida, a urna segue por uma abertura retrátil e o processo de cremação
tem andamento.
Cremação: leveza, custo benefício e ecologicamente correta
A cremação ainda gera muitas dúvidas e mitos, mas já é vista como
uma prática moderna, ambientalmente correta e como um momento de
despedida menos doloroso para algumas pessoas. Vários motivos justificam
o aumento pela sua procura como: ser uma opção mais econômica, ser uma
solução para a escassez de espaços nas grandes cidades e uma alternativa
mais ecológica.
No Crematório Morada da Paz o custo da cremação varia em torno de
R$ 1.500 a R$ 3.600 dependendo da forma de pagamento e/ou modalidade do
contrato. “Sabemos que existe um grande interesse pela cremação como
também ainda há alguma rejeição, mas a princípio imaginamos que
atenderemos entre cinco a dez cremações mensais com um crescimento
gradativo da busca pelo serviço. Porém o foco principal da empresa será a
venda de cremações previdenciárias, nos moldes do que acontece com os
jazigos”, prevê o gerente de projetos.
A aquisição de cremação para uso futuro já está disponível para
contratação. Com ela é possível deixar definido qual o desejo do
contratante pós-morte. Além de poupar os familiares, num momento de
grande estresse emocional, de decisões difíceis e da responsabilidade
financeira que a perda de um ente querido representa.
Entenda como funciona a cremação
Após o tradicional velório ou o ritual de despedida na sala de cerimônias do crematório, a urna é conduzida ao local de cremação. Antes de se iniciar a incineração são retirados materiais metálicos como: próteses e marca-passos. Daí a urna é levada ao forno cinerário, que chega a uma temperatura de até 1000º C. O processo dura em torno de duas horas e em seguida as cinzas são armazenadas em uma urna, escolhida previamente, e entregue à família num prazo de até cinco dias úteis.
Após o tradicional velório ou o ritual de despedida na sala de cerimônias do crematório, a urna é conduzida ao local de cremação. Antes de se iniciar a incineração são retirados materiais metálicos como: próteses e marca-passos. Daí a urna é levada ao forno cinerário, que chega a uma temperatura de até 1000º C. O processo dura em torno de duas horas e em seguida as cinzas são armazenadas em uma urna, escolhida previamente, e entregue à família num prazo de até cinco dias úteis.
Uma das principais dúvidas das famílias é o que fazer com as cinzas. O
gerente de projetos do Grupo Vila explica que existem várias
possibilidades: os familiares podem optar por colocar o material em um
jazigo ou columbário, jogar ao mar, plantar uma árvore ou mesmo guardar
em casa.
O destino que será dado às cinzas é o que geralmente define a urna
que será utilizada. As hidro-ecológicas, fabricadas em areia, tem como
finalidade o plantio de mudas de árvores ou o lançamento das cinzas no
mar, rios ou lagos. Nas duas situações, elas se integram ao meio
ambiente, se dissolvendo na água ou virando parte do solo. Já as de
bronze são ideais para as famílias que preferem manter a cinzas por
perto ou num columbário. Hoje em dia, já existe até a possibilidade de
transformar as cinzas em diamante, processo realizado por algumas
empresas instaladas pelo mundo. O preço dessa preciosidade varia entre
R$ 8 mil e R$ 28 mil de acordo com o peso das pedras.
É importante lembrar que para realizar a cremação é necessário que a
pessoa manifeste a vontade ainda em vida e que um responsável autorize o
procedimento. Além disso, dois médicos ou um médico legista devem
constatar a morte. Em casos de mortes violentas é também necessária a
autorização judicial para que a cremação não impeça uma possível
perícia.
História da cremação
A cremação é um dos processos mais antigos praticados pelo homem. Em algumas sociedades este costume fazia parte do cotidiano da população, por se tratar de uma medida prática e higiênica. Os gregos, por exemplo, cremavam seus cadáveres por volta de 1.000 a.C. e os romanos, seguindo a mesma tradição, adotaram a prática por volta do ano 750 a.C. Nessas civilizações a cremação era considerada um destino nobre aos mortos.
A cremação é um dos processos mais antigos praticados pelo homem. Em algumas sociedades este costume fazia parte do cotidiano da população, por se tratar de uma medida prática e higiênica. Os gregos, por exemplo, cremavam seus cadáveres por volta de 1.000 a.C. e os romanos, seguindo a mesma tradição, adotaram a prática por volta do ano 750 a.C. Nessas civilizações a cremação era considerada um destino nobre aos mortos.
No Japão, a cremação foi adotada com o advento do Budismo, em 552
d.C. como em outras localidades, ela foi aceita primeiramente pela
aristocracia e a seguir pelo povo. Incentivados pela falta de lugares
para o sepultamento, pois o país possui pouquíssimo espaço territorial,
os japoneses incrementaram significativamente a prática e passaram a
considerar normal cremar os mortos.
Quando o assunto cremação é posto
diante da religião ainda surgem muitas dúvidas, mas a maioria das
religiões já aceitam a prática, com exceção do Judaísmo Ortodoxo e do
Islamismo. As doutrinas católica, evangélica e espírita fazem parte
dessa maioria. No catolicismo, desde 1963 o Vaticano reconheceu a
cremação como um ritual de despedida.
No Brasil, a cremação foi regulamentada pela Lei Federal nº 6015, em
vigor desde 31 de dezembro de 1973, e o primeiro crematório a funcionar
foi o municipal de Vila Alpina, em São Paulo, inaugurado em 1974.
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