O deputado Hermano Morais (PMDB) foi indicado pelos membros da
Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) para ser o relator do
pedido de impeachment contra a governadora Rosalba Ciarlini, o
vice-governador Robinson Faria e o secretário-chefe do Gabinete Civil,
Carlos Augusto Rosado, conforme pedido popular protocolado na Assembleia
Legislativa por representantes sindicais. Hermano Morais terá 15 dias
para apresentar seu parecer, que deve tratar, especificamente, da
fundamentação jurídica do pedido. Após ser apreciada na CCJ, a
solicitação será encaminhada para deliberação no Plenário da Casa.
“A denúncia foi dirigida à governadora Rosalba Ciarlini, ao vice-
governador Robinson Faria e ao secretário-chefe do Gabinete Civil,
Carlos Augusto Rosado. Por se tratar de uma matéria atípica, será
analisada com muito cuidado, com a ajuda da procuradoria jurídica desta
Casa. O pedido é de origem popular e exige uma análise aprofundada,
tendo em vista a repercussão que poderá ter”, disse Hermano Morais.
SAIBA MAIS
O pedido de impeachment terá a seguinte tramitação dentro da
Assembleia Legislativa, baseado pela Lei 1.079/50, Constituição Federal e
Regimento Interno. Veja o passo a passo do processo:
1 – Leitura em plenário do pedido protocolado na Assembleia Legislativa e remessa à CCJ
2 – CCJ analisa a admissibilidade formal, verificando se há
legitimidade dos proponentes e se atendem aos requisitos legais, se os
fatos citados constituem objeto de investigação no âmbito do Legislativo
e se as partes citadas são passíveis de serem responsabilizadas.
3 – Processo segue para o plenário para deliberação final sobre a admissibilidade ou não do pedido.
4 – Não sendo acatado, o processo de impeachment é arquivado. Caso
seja admitida a denúncia pelo plenário, a Mesa Diretora emite ato para
que seja criada uma comissão especial formada por cinco deputados
estaduais eleitos. Paralelamente, cópia do processo é remetida ao
Tribunal de Justiça do Estado. O TJRN sorteia cinco desembargadores.
5 – É instalado o Tribunal Especial, presidido pelo presidente do
TJRN, e formado pelos cinco deputados e cinco desembagadores. Este
tribunal vai analisar o mérito da denúncia.
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