Pelo menos 50% dos servidores públicos vão ter que continuar trabalhando
em caso de greve do funcionalismo, independentemente do setor em que
atuem. É o que prevê o texto apresentado pelo senador Romero Jucá
(PMDB-RR), relator da Comissão Mista de Consolidação de Leis e de
Dispositivos Constitucionais, que analisa, entre outras propostas, a que
trata do direito de greve no serviço público.
O texto
apresentado nesta quinta ainda é uma minuta de projeto, que, segundo o
senador, deve ser mudado depois que receber as sugestões de centrais
sindicais, sindicatos e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre
outras entidades. A comissão mista volta a debater a regulamentação do
direito de greve dos servidores públicos no dia 3 de outubro.
Além
de só permitir a paralisação parcial dos servidores públicos, o
anteprojeto estabelece que um dos efeitos imediatos da greve será a
suspensão do pagamento dos salários dos dias não trabalhados. De acordo
com o texto, os servidores só vão receber pagamento referente ao período
da greve, caso haja acordo que preveja a compensação dos dias não
trabalhados.
“A gente não pode dizer que a greve será remunerada,
porque, se não, você estimula qualquer tipo de paralisação. Se há uma
greve e os salários ficam sendo pagos integralmente pode haver um
encaminhamento que não é bom nem para o servidor público”, justificou
Jucá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário