Cientistas alertam que uma em cada 10 salsichas pode estar infectada
com um vírus que causa a hepatite E. Os especialistas estão preocupados
com o aumento do número de britânicos que estão sendo diagnosticados com
este tipo de doença no fígado depois de consumirem o alimento. A
condição era considerada rara, mas os casos aumentaram cerca de 40 % em
um ano, tendo sido registrados 657 no Reino Unido em 2012.
Segundo o jornal Daily Mail, a infecção causa sintomas como enjoos,
febre e dores no corpo, mas geralmente eles tendem a sumir em cerca de
um mês, o que dificulta o diagnóstico. O fato preocupa os especialista
porque a hepatite E pode ser fatal, principalmente em idosos, pessoas
com câncer, mulheres grávidas e pacientes que tratam outros tipos de
doenças no fígado. Os cientistas alertam que em torno de uma pessoa em
cada 50 que foram infectadas provavelmente irá morrer e uma em cada
cinco mulheres grávidas também tem grandes chances de perder a vida por
conta da doença.
Os médicos esclarecem que as salsichas devem ser cozidas a 70ºC por
pelo menos 20 minutos para matar o vírus, mas que a maioria dos
britânicos não têm este costume. A bactéria é forte e estudos mostram
que ela sobrevive mesmo depois de uma hora sob 60ºC de temperatura.
Um relatório do Departament for Environment, Food and Rural Affairs
mostrou que 10% das salsichas vendidas na região estão infectadas e que
há evidências claras de que a hepatite E é uma infecção que vem do
consumo de alimentos.
Mais da metade das pessoas diagnosticadas com a doença são homens com
mais de 50 anos, que consomem álcool e têm o fígado fraco. Mulheres nos
três últimos meses de gravidez também são mais suscetíveis. “Isto é um
problema muito sério. Cerca de 85% dos porcos britânicos carregam o
vírus”, explica Dr. Harry Dalton, especialista em hepatite E.
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