O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT),
afirmou nesta quarta-feira que a ida da ex-senadora Marina Silva para o
PSB foi positiva para a sigla do governador de Pernambuco, Eduardo
Campos. O petista avaliou, no entanto, que dificilmente Marina
transferiria automaticamente todos os votos para Campos, possível
candidato, mesmo que integre a chapa como vice em 2014.
“Eu não sei se a chapa é competitiva, eu acho que ela
acrescenta para ele. Mas, (...) se ela for vice, no Brasil ninguém vota
por causa do vice, as pessoas votam no candidato. Nós precisamos saber
quem vai ser o candidato, porque nos jornais ela está falando claramente
que também pode ser candidata”, disse o ministro.
Para Bernardo, as eleições sempre devem ser pensadas
pelos partidos como tendo dois turnos, tendo em vista o histórico
competitivo dos pleitos. Entretanto, ele considerou que as
possibilidades de vitória no primeiro turno aumentaram.
“Eu sempre acho que temos que considerar que a eleição
tem dois turnos. Mas, se formos olhar por essa mudança, diminuiu a
possibilidade de segundo turno. Se tirar pelo menos um candidato, se
tirar a Marina, tiraram uma candidata que tinha pelo menos 20 pontos. E a
gente não pode supor que esses votos vão migrar para o Eduardo Campos,
acho pouco provável. Com certeza a presidenta Dilma vai receber um pouco
desse percentual”, afirmou.
Na avaliação do ministro, Dilma precisa continuar “a ter
um bom governo” para garantir a vitória em 2014. “Não podemos organizar
nossa campanha torcendo para que os outros fracassem. Eu acho que a
presidenta está muito tranquila nesse aspecto, está fazendo um bom
governo, tem programas bons em execução”, disse. Bernardo, no entanto,
disse que a presidente não precisará a readequar o discurso frente ao
fortalecimento de uma possível chapa composta por dois ex-ministros do
governo Lula. “Quem mudou o discurso foram eles. Ela vai fazer um
discurso que sempre fez”, disse.
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