Se for forçado a viver em Brasília e a ter um emprego fixo na capital
para poder cumprir sua pena no regime semiaberto, o ex-ministro José
Dirceu deve começar a trabalhar com carteira assinada em um escritório
de advocacia. Os advogados Hélio Madalena e João Feitosa estão no páreo
para ser o novo chefe do ex-chefe da Casa Civil da Presidência nos
primeiros anos do governo Lula. Ambos são amigos antigos de Dirceu – mas
outras opções também estão sendo avaliadas pelo petista.
Se a Justiça determinar que ele deve cumprir a pena em São Paulo,
Dirceu pode trabalhar no próprio escritório. Além do trabalho, ele
revelou ao senador Eduardo Suplicy (PT) – que esteve ontem na
Penitenciária da Papuda e conversou por 1h30min com os petistas detidos –
que também pretende estudar. “Ele mencionou que quer fazer um curso de
mestrado em Direito”, disse o senador.
O encontro aconteceu na sala da direção do Centro de Internamento e
Reeducação da Papuda. O ex-ministro também estaria avaliando começar um
curso de inglês.
Segundo Suplicy, o ex-ministro revelou que preferia cumprir a pena em
Brasília, já que ficaria mais perto do filho, o deputado federal Zeca
Dirceu, e de sua filha Maria Antonia.
Já o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, deve começar a trabalhar em
um escritório da família. Na conversa com José Genoino, Suplicy ouviu
um relato que classificou como preocupante. “Ele contou que, ao tossir
pela manhã, seu catarro veio junto com sangue. Ele também estava um
pouco rouco.”
A esposa de Genoino, Rioco, e seus filhos, Miruna e Ronan, estão em
Brasília hospedados no apartamento de uma amiga de Miruna. Segundo um
amigo da família, eles preferiram não gastar dinheiro com hotel.
Miruna fez ontem um desabafo nas redes sociais e afirmou que seu pai
não poderia ter viajado de avião devido às suas condições médicas.
Mesma cela. Os três petistas estão dormindo na mesma
cela que, segundo Suplicy, é mais confortável que a anterior. “Existe
uma cantina e um espaço onde eles podem fazer exercícios”, disse o
senador.
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