O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia, questionou
na manhã desta segunda-feira as críticas dos presos José Dirceu e José
Genoíno à decretação das respectivas prisões neste feriado da República.
Tanto Dirceu quanto Genoíno, condenados pelo Supremo Tribunal Federal
(STF) por crimes de peculato e formação de quadrilha, e presos na
sexta-feira passada, apontaram a inexistências de provas contra eles e
disseram que são presos políticos.
“Veja bem, o que mais causou espécie foram as declarações do
ex-ministro José Dirceu, do ex-presidente do PT e deputado federal José
Genoíno, que foram à Polícia Federal se entregar bradando um grito de
guerra, ‘a luta continua’, com o punho cerrado, e a mão e o braço
esticado, como que dizendo, ‘o PT vai continuar na sua prática, eu sou
um injustiçado’. Ora, injustiçado e preso político num regime
democrático comandado pelo governo do PT, o partido deles? Que prisão
política e que crime político é esse praticado no regime democrático,
num governo comandado pelo partido deles?”, questionou Agripino.
O presidente do DEM criticou o silêncio do ex-presidente Lula, que
comandava o país na época que estourou o escândalo do Mensalão. Agripino
também questionou a ausência de pronunciamento da atual presidente da
República, Dilma Rousseff, ambos do PT.
“Então, o que me cabe ressaltar ou avaliar, é o seguinte: não se
ouviu uma palavra do presidente Lula, ou da presidente Dilma sobre este
assunto. Eles mergulharam completamente”, apontou Agripino.
No final de semana, circulou a informação de que o ex-presidente Lula
teria mantido conversa telefônica com Dirceu e Genoíno no dia da
decretação da prisão. Segundo relatos da imprensa, Lula teria dito
“estamos juntos” aos dois petistas, que se entregaram na sexta à Polícia
Federal e foram transferidos no sábado para a Penitenciária da Papuda,
no Distrito Federal. Os advogados tanto de Dirceu quanto de Genoíno
reclamaram de falhas no cumprimento dos regimes, já que ambos iniciariam
as penas no semiaberto, o que dá o direito de trabalhar durante o dia,
permanecendo trancafiado à noite. No entanto, estão presos até agora sem
direito a saírem da prisão.
Para o senador José Agripino Maia, a partir de agora, a questão será
saber qual PT prevalece: o da candidata à reeleição Dilma Rousseff, que
silenciou, ou o dos que se julgam presos políticos injustiçados.
“A pergunta que vai se colocar e não quer calar é: O PT é o PT dos
condenados pelo Mensalão, e que dizem que a luta vai continuar, ou é o
PT da candidata a presidente que não fala nada. É o PT, por exemplo, dos
‘presos políticos’, ou é o PT da presidente que não fala nada sobre
este assunto? Você tem o PT que tem candidato e o PT que tem preso
político, que se julga injustiçado e que diz que a luta vai continuar”,
critica e ironiza o potiguar.
Para José Agripino, as prisões dos condenados no Mensalão não são
politicas porque foram aplicadas com base na decretação à unanimidade
dos membros da Corte Suprema judicial brasileira. “Em 2014, você vai
fazer uma opção: pelo PT que tem uma candidata a presidente, ou pelo PT
que tem presos políticos – como eles dizem. Ou presos mediante crimes
que não foram nada políticos, e que foi por unanimidade aplicada a
decretação de uma prisão pela unanimidade dos membros do Supremo? Essa é
que é a grande questão”, finalizou o democrata.
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