O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB) disse que não
tratou sobre sucessão estadual de 2014 com o presidente nacional do DEM,
senador José Agripino Maia, durante encontro em Natal neste fim de
semana. O ministro, que rompeu recentemente politicamente com a
governadora Rosalba Ciarlini (DEM), reafirmou que o PMDB estará em
palanque oposto ao que estiver Rosalba nas eleições do ano que vem. “Não
tem fato novo, estamos conversando porque chegou a hora de ter algumas
conversas, mas as definições não acontecem agora, nem serão anunciadas
agora. Ainda falta muita coisa pela frente”, afirmou o ministro,
momentos antes de embarcar para Brasília esta manhã.
Garibaldi afirmou que não conversou “nada definitivo” com o senador
José Agripino, nem sobre chapa majoritária (governador e senador da
República), nem sobre chapas proporcionais (deputados estaduais e
deputados federais). “Eu não conversei nada definitivo com Zé Agripino,
conversei com o senador, afinal de contas, estou ministro, sou senador,
mas eu não conversei visando eleição nenhuma, nem proporcional, nem
majoritária. Não posso adiantar nada e ninguém pode adiantar nada em meu
nome sobre isso”, afirmou.
Instado a falar sobre o convite que fez para que Agripino
participasse da inauguração de uma agência da Previdência neste final de
semana em Nova Cruz, o ministro disse que não houve qualquer deferência
a Agripino. “Convidei todos os parlamentares. Todos eles. Não houve
convite especial nem a ele nem a ninguém. Porque houve um convite formal
e reforcei por telefone. Mas aí convidei a todos, só os que estavam no
exterior, como João Maia, que está na China, e Fátima Bezerra, que está
na Alemanha, e não puderam ser contatados”.
Garibaldi reforçou o entendimento de que o PMDB não estará no
palanque de Rosalba. “A única coisa que já há definição tomada pelo
partido é que o partido terá no palanque aqueles que querem fazer
oposição a Rosalba. Nós vamos estar no palanque de quem estiver na
oposição ao governo estadual. Agora, tanta conversa entre DEM e Rosalba…
Eu não tenho nada a ver com isso”, falou um ministro um tanto
impaciente para entrar no voo.
Instado a falar se é possível PMDB e DEM se aliarem para 2014, mesmo
após o rompimento do PMDB com o governo Rosalba, o ministrou soltou:
“Não sei lhe responder isso, porque isso depende dos partidos. Dá a
impressão de que sou dono de partido. Isso vai depender dos outros. Se
Eduardo Campos, que é presidente nacional do partido, diz que vai ter
muita conversa, quem sou eu para dizer isso ou aquilo”, disse.
O ministro negou que tenha convidado o ex-senador Fernando Bezerra
para disputar o cargo de governador do Estado pelo PMDB. “Eu não
convidei ninguém, ninguém convidou ninguém. Estamos fazendo consulta,
para ver a viabilidade de cada candidatura. Não tem definição”, frisou.
Segundo ele, “continua aquilo que foi colocado, e há busca em torno
disso, a procura de uma solução que seja candidatura própria”. Segundo
Garibaldi, “isso é a cargo de presidente do partido. Nisso aí sou
coadjuvante. Não sei quando Henrique vai detonar esse processo. Não tem
aliança formada. Cada partido ainda está em busca de definições”.
Sobre a filiação da ex-senadora e ex-ministra Marina Silva ao PSB, o
ministro disse apenas que a última pesquisa Datafolha não mostrou
alteração do cenário eleitoral para 2014. “Eu não sou analista tão
credenciado, mas tem cenário se formando, pela pesquisa do Datafolha, o
que se vê é que a presidente Dilma continua liderando as pesquisas. Há
quem veja pesquisa com tanta antecedência, cada um vê vantagem. Como
correligionário, vejo que Dilma continua em posição de liderança; não
foi ameaçada”.
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