Liderança da oposição estadual, a ex-governadora Wilma de Faria (PSB)
disse que o Rio Grande do Norte continua “descontrolado e sem rumo” na
atual gestão da governadora Rosalba Ciarlini (DEM). “Sequer a folha de
pessoal está sendo cumprida dentro do mês. No nosso governo, pagávamos
dentro do mês. E hoje eles não estão cumprindo o calendário”, disse.
Wilma apareceu nas inserções publicitárias do PSB, esta semana,
tecendo novas críticas à gestão Rosalba Ciarlini. “Mostramos que o DEM,
que está no poder, está errado e está tendo uma gestão que não era a
esperada pelo povo, que elegeu a atual governadora no primeiro turno”,
disse Wilma, destacando que o PSB reforçou seu papel de oposição porque
não acreditou nos compromissos assumidos pelo governo que está hoje no
poder.
“A gente não compartilhou da campanha, ficamos na oposição com o
candidato nosso que era Iberê Ferreira de Souza. Depois, não
participamos do governo. Estamos hoje com a condição absoluta de fazer
oposição responsável e contestadora, no sentido de mostrar que o Estado
está parado nas suas ações sociais, nas obras de infraestrutura, como as
adutoras, como as estradas. O Estado está parado”, disse a
ex-governadora.
Segundo Wilma de Faria, hoje o estado tem apenas obras que são PPP
como o novo aeroporto ou a Arena. “Obras que vieram através de recursos
do BNDES, que a gente deixou como legado importante para o Estado aqui
em Natal, e o aeroporto, que a gente trabalhou para viabilizar através
de uma PPP, onde o governo federal está à frente”, disse. “O governo
atual ficou de fazer os acessos, mas não está cumprindo com o que
promete”.
Sobre as eleições de 2014, Wilma disse que o PSB só vai decidir após
visitar os 167 municípios do Estado, discutindo com os integrantes do
partido e demais partidos eu possam se aliar. “Vamos tomar uma decisão
no final de março. E acredito que os demais partidos também”, declarou
Wilma, confirmando os diálogos com as demais lideranças. “A gente está
conversando com outros partidos que querem se aliar conosco. O momento é
de avaliação”.
Wilma admite estudar a possibilidade de assumir uma candidatura
majoritária nas eleições do ano que vem. Ela confirma que tem sido
pressionada pelo povo e pelos partidos aliados a se definir quanto a ser
candidata ou não. “Os partidos têm pressionado claro, existe isso, eu
não posso esconder. O povo tem se manifestado e os partidos também. Eles
querem uma definição”, diz Wilma.
Segundo a ex-governadora, seu projeto inicial era se candidatar a
deputada federal. “Mas hoje, depois que a população se manifestou,
concretamente, não só através de contatos diretos com o povo, mas
através de pesquisas, a gente viu a manifestação do povo em relação ao
PSB e ao nosso nome”, disse.
Wilma afirmou que não considera existir impedimento para uma
composição do PSB com o PMDB. “Não tem nada contra uma composição com o
PMDB, não. Não existe nenhum preconceito, nem radicalismo da nossa
parte”, afirmou.
Wilma disse ainda que está conversando com vários partidos, como PC
do B, PDT e PSD, e que espera contar com o apoio do PDT a seu nome, em
caso de ser candidata. “Nós vamos conversar com Carlos Eduardo. Pelo
menos estou convencido que conto com o apoio dele. Porque foi esse o
compromisso que nós assumimos quando vim para apoiá-lo. Estamos todos
juntos. Ele faz oposição também”, afirmou ela.
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