O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sugeriu
nesta quarta-feira, 4, que o PT permaneça no governo ao menos até 2022,
ano do bicentenário da Independência do Brasil.
“Eu já estou pensando no Brasil de 2022, quando a gente completar 200
anos de Independência e a gente fizer uma comparação do que era esse
Brasil. Aí vai ser duro, Dilminha, vai ser duro quando a gente falar do
Brasil que deixamos em 2022 e o que pegamos em 2020 (se referindo a
2002, ano em que Lula foi eleito)”, afirmou.
A frase foi dita na parte final do discurso da cerimônia em que
recebeu o 26º título Doutor Honoris Causa, na UFABC, o primeiro
concedido pela universidade, em São Bernardo do Campo (SP). Lula
exaltava os ganhos sociais do País desde quando assumiu.
A presidente Dilma Rousseff, presente no evento, é provável candidata
à reeleição e numa eventual reeleição, seu mandato se encerraria em
2018. Para que o desejo de Lula se concretize, o PT teria que eleger
mais um presidente, para o quadriênio 2019-2023.
Críticas a FHC. Lula voltou a criticar, sem citar
nomes, o governo do seu antecessor Fernando Henrique Cardoso, por ter
tirado do governo federal a responsabilidade pelo ensino técnico,
passando aos estados. “Houve um dia um governo que fez uma lei tirando a
responsabilidade do governo federal pelo ensino técnico. Nós revogamos a
lei, que é de 98 (quando Fernando Henrique Cardoso presidia o Brasil) e
voltamos a fazer escola técnica”, disse.
Ainda de encerrar o discurso, Lula repetiu o bordão que costuma usar e
afirmou que “um complexo de vira-lata” permeou o Brasil no século XX.
“Não sei porque meus adversários ficam tão incomodados quando digo
‘nunca antes na história desse país’. É só provarem que estamos
errados”, concluiu.
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