O Hospital Regional de Angicos não vai fechar, mas mudará o perfil de
atendimento. Quem confirma é a Secretaria Estadual de Saúde Pública
(Sesap), que emitiu nota nesta segunda-feira (30) para esclarecer a
situação da unidade hospitalar depois que moradores da cidade da região
Central do Rio Grande do Norte fecharam a BR-304 em protesto contra o
possível fechamento do hospital.
A Sesap afirma que houve recentemente um remanejamento de
profissionais, motivado pela falta de sustentabilidade financeira do
hospital. Com papel de atender casos de média e alta complexidade, a
unidade hospitalar tem atendido uma demanda aquém do esperado. A medida,
segundo a secretaria, faz parte do redimensionamento da rede hospitalar
estadual, que atualmente conta com 26 hospitais para atender as 167
cidades potiguares.
"O Hospital Regional de Angicos realiza, em sua porta hospitalar, que é
o papel real da unidade, uma média de 1,89 procedimentos/dia, em
contraponto aos atendimentos de baixa complexidade, que contabilizam
cerca de 700 procedimentos ambulatoriais diários. Outros números
aproximados: 15 cirurgias são realizadas mensalmente e 1,4 internações
por dia, o que do ponto de vista financeiro denota uma situação
insustentável", diz a nota.
De acordo com a secretaria, a meta do redimensiomanento é ter "pelo
menos um hospital público para ser referência em cada região e organizar
as demandas de alta complexidade na rede". A Sesap informa ainda que
realizou um um estudo detalhado sobre o perfil de cada um dos 26
hospitais que atendem às oito Unidades Regionais de Saúde Pública no Rio
Grande do Norte (Ursap).
Sobre o perfil do Hospital Regional de Angicos, está agendada para a
próxima segunda-feira (7) uma audiência da Sesap com os prefeitos de
Angicos e municípios vizinhos para buscar um entendimento e avaliar a
possibilidade de construção de um consórcio municipal que melhore a
capacidade de resposta do hospital. A secretaria explica que buscará o
entendimento para que que os municípios também possam arcar com a
responsabilidade de assumir ações básicas na saúde pública.
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