A manifestação que bloqueou a BR-304 na altura do parque de vaquejada de
Angicos, terminou por volta das 14h20 desta segunda-feira (30). Os
moradores do município fecharam as duas vias por cerca de oito horas,
com objetivo de protestar contra o fechamento do centro cirúrgico do
Hospital Regional devido à falta de médicos.
José Medeiros
Gonçalves Júnior, da administração do Hospital Regional de Angicos,
disse que a manifestação foi causada pela transferência de dois médicos
cirurgiões da unidade para o hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim.
Segundo ele, não houve aviso prévio aos médicos, que tiveram sete dias,
após publicação da portaria, para se apresentar. José Medeiros afirma
ainda que não foi dado previsão de reposição de médicos para o hospital
de Angicos.
Os manifestantes pediram a revogação da portaria, por
parte da governadora Rosalba Ciarlini, para que a manifestação chegasse
ao fim, além de melhores condições de trabalho, insumos na unidade,
manutenção do hospital e uma ambulância que teria sido prometida ao
hospital.
O Governo do Estado emitiu nota um pouco antes do fim do protesto,
informando que não há planejamento para que a unidade seja fechada. "O
que houve recentemente foi apenas um remanejamento de profissionais,
definido com critérios técnicos, com intuito de suprir a necessidade de
hospitais de maior complexidade e com abrangência estadual, com objetivo
de garantir atendimento de média e alta complexidade inclusive para a
população daquela Região", diz o comunicado.
No próximo dia 7 de
outubro, uma audiência foi confirmada pelo Governo entre a Sesap e os
prefeitos de Angicos e municípios vizinhos. A intenção da reunião,
segundo o governo, é avaliar a possibilidade de construção de um
consórcio municipal para ampliar a "capacidade de resposta" do hospital.
O governo pretende que os municípios também assumam a responsabilidade
em relação as ações básicas em saúde pública.
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