Em meio às muitas articulações e discussões internas sobre uma
possível candidatura própria do PMDB potiguar a sucessão da governadora
Rosalba Ciarlini (DEM), o jornal Valor Econômico desta quinta-feira (19)
joga ainda mais lenha na fogueira. Segundo a publicação, o ministro
Garibaldi Alves Filho estaria próximo de deixar o cargo para ser o nome
da legenda na disputa estadual de 2014 no Rio Grande do Norte.
A novidade vem à tona diante das notícias em torno do “rompimento” do
PSB, do governador de Pernambuco Eduardo Campos, com a presidente Dilma
Rousseff (PT). Com a entrega dos cargos da legenda a petista, o PMDB já
estaria de olho no Ministério da Integração Nacional, ainda ocupado por
Fernando Bezerra Coelho, indicado de Campos.
O interesse peemedebista pela área tem explicação. Este é um
Ministério com bastante abrangência das políticas públicas e forte apelo
eleitoral, principalmente no Nordeste, ávido por recursos com a forte
seca na região. Mas, para assumir o comando da pasta, o PMDB teria que
abrir mão de outros espaços, nesta negociação seria incluído o
Ministério da Previdência.
“A entrega da Integração ao PMDB implicaria na devolução de algum de
seus ministérios. Nessa cota entraria o da Previdência Social, já que o
titular, Garibaldi Alves, deve se afastar para disputar o governo do Rio
Grande do Norte. Neste caso, assumiria o secretário-executivo Carlos
Eduardo Gabbas, da cota petista”, diz o Valor.
O nome de Garibaldi está entre mais os cotados para disputar o
governo em todas as pesquisas de intenção de voto publicadas até agora.
Internamente, o ministro também é um dos preferidos, ao lado do deputado
federal Henrique Eduardo Alves, para concorrer ao cargo que já ocupou
entre 1994 e 2002. Mas, por enquanto, o senador licenciado continua
negando qualquer possibilidade de assumir a disputa.
Recentemente, em evento realizado com prefeitos, vice-prefeitos,
vereadores e deputados estaduais do PMDB, o ministro chegou a se
emocionar ao pedir para não colocarem seu nome no jogo eleitoral de
2014.
Integração Nacional
O atrativo da Integração é a diversidade de ações, que vão desde a
gestão de uma das maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) – a transposição do Rio São Francisco, orçada em mais de R$ 8
bilhões -, até o programa Água para Todos, que prevê a construção de
cisternas, entre outras ações de combate à seca, informa o Valor.
O ministério ainda vincula as superintendências de desenvolvimento
regional – Sudene, do Nordeste, Sudam, do Norte, e Sudeco, do
Centro-Oeste, e a Companhia de Desenvolvimento do São Francisco
(Codevasf).
Até mesmo nomes já estariam sendo discutidos pelo PMDB para suceder
Fernando Coelho. O presidente do Senado, Renan Calheiros, gostaria de
indicar um conterrâneo de Alagoas para a função. Mas, a bancada da
Câmara teria como preferência o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB).
Até mesmo o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, é incluído
pelo veículo entre as possibilidades do partido. O gestor, em seu
segundo mandato, se afastaria do cargo no fim do ano como forma de
impulsionar a candidatura de seu vice, Luiz Fernando Pezão.
Os governos do PSB nos Estados também devem receber os reflexos do
distanciamento e afetar a relação com o PT e levar à saída espontânea
dos petistas das administrações estaduais.
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