O ABC já está agindo para evitar que o tumulto que ocorreu na
entrada C do estádio Frasqueirão possa resultar em punição para o clube
na série B. Nesta segunda-feira (7), jurista José Wilson, do
departamento jurídico do alvinegro, confirmou que o clube já está
juntando provas que eximem o ABC de culpa pelos problemas causados e que
provariam que não ocorreu a suposta superlotação do estádio.
Através
de nota oficial, o ABC disse que a abertura dos portões estava prevista
para ocorrer às 13h30 (sócios) e 14h (demais torcedores). Contudo, de
acordo com o alvinegro, o contingente da Polícia Militar chegou ao
estádio por volta das 14h40 e, por isso, a PM "retardou a entrada do
público e como consequência congestionou o portão de entrada da torcida
do ABC".
Ainda de acordo com o clube, estava prevista a abertura de um
portão extra para o acesso dos torcedores, o que não teria sido liberado
pela PM por suposta falta de efetivo para garantir a revista. Com isso,
houve a concentração de torcedores em frente ao estádio, na entrada C e
nos acessos ao módulo 4.
Segundo José Wilson, o
ABC tem como provar que não houve superlotação do estádio. "Prova disso
é que não houve tumultos durante a partida e havia lugares para
comportar as pessoas nas arquibancadas e cadeiras", garantiu,
justificando que não foi o ABC que impediu a entrada de torcedores que
estavam fora do estádio e com ingressos na mão. "Não foi o ABC que
impediu a entrada dos torcedores", disse.
Para provar que não houve a superlotação e que ABC não teve culpa
pelo tumulto inicial, José Wilson garante que os registros das catracas
serão utilizados caso o ABC seja citado pelo Superior Tribunal de
Justiça Desportiva (STJD), assim como laudos de Bombeiros e sobre o
efetivo policial no momento do problema. "Temos matérias, áudios, que
comprovam que estávamos com problema para a liberação dos portões devido
à falta de efetivo policial", disse.
Outro
ponto citado por José Wilson é referente às gratuidades. O advogado do
ABC não afirmou que o clube não tem condições de evitar a entrada de
pessoas que possuem credenciais para adentrar o estádio, os chamados
"caroneiros". José Wilson, no entanto, não afirmou que as gratuidades
podem ter contribuído para uma suposta superlotação. "Nós não vendemos
mais (ingressos) do que a capacidade. Ainda houve pequena sobra. O
caronismo é que prejudica muito e não temos como prever", disse.
O
ABC ainda não foi citado pelo STJD, mas, segundo José Wilson, a
repercussão do fato e interesses de clubes que disputam diretamente com o
ABC a permanência na série B farão com que a Justiça Desportiva analise
o fato. Dependendo do artigo que o ABC seja enquadrado, o clube pode
perder mando de campo, ser multado ou até atuar com portões fechados.
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