No papel, até que a situação da governadora Rosalba Ciarlini não é
das piores. Afinal, ela ainda tem, em tese, o apoio de PMN e PR, além do
próprio partido (DEM), que conta com três deputados estaduais na
Assembleia Legislativa. O problema é que a perda foi considerável de
aliados na última semana, prazo final para os políticos ingressarem em
novos partidos com o objetivo de disputar as eleições do próximo ano.
Afinal, na Casa Legislativa foram nada menos que oito mudanças no último
mês. E nenhum deputado, sequer, mudou de partido para se aliar ao
Governo.
Claro que a mudança mais “sentida” foi a do presidente da Assembleia,
Ricardo Motta. O parlamentar deixou o PMN e se filiou ao PROS, depois
de assistir uma tomada do PP pelo deputado federal Betinho Rosado,
cunhado de Rosalba Ciarlini. Para completar, levou Raimundo Fernandes,
Vivaldo Costa, Gilson Moura e Gustavo Carvalho. Todos ficaram
“independentes” com relação ao Governo. Pelo menos de forma oficial.
Isso, porque algumas fontes ligadas aos deputados já apontam para a
total insatisfação deles por consequência da ação de Betinho e, por
isso, eles estariam na oposição e não “independentes”. Até porque, se
não fosse Betinho, a transição dos parlamentares para o PP teria o
objetivo de torná-los independentes e, apenas no próximo ano, no período
eleitoral, fazê-los oposição.
De qualquer forma, no entanto, a migração para o PROS foi menor do
que se cogitou, isso porque nem Kelps Lima, nem Ezequiel Ferreira
mudaram de partido. Kelps, que era outro nome certo no PP, acabou indo
presidir o Solidariedade no RN. Enquanto isso, Ezequiel conseguiu deixar
o PTB (partido em que foi expulso da presidência no início do ano) pela
Justiça Eleitoral e ficou livre para acertar com qualquer outra sigla.
Escolheu o PMDB, que rompeu com o Governo do Estado e pretende lançar
candidato próprio ao Executivo em 2014.
O PMDB, por sinal, é outra sigla “semelhante” ao PROS. Afinal, seus
deputados tem tido uma postura de muito mais de oposição do que
independência na Casa. Nélter Queiroz, por exemplo, até já defendeu o
impeachment da governadora Rosalba Ciarlini, baseado na falta de trato e
no desrespeito aos servidores estaduais.
O PR é outro exemplo disso. O partido, oficialmente, continua na base
do Governo Rosalba, contudo, merece um “asterisco” na relação dos
aliados. Afinal, há um bom tempo que a governadora tem que conviver com
críticas do deputado George Soares, único do PR na Casa Legislativa após
as mudanças partidárias.
MAIORES BANCADAS
Por sinal, se considerando as bancadas dos partidos, a que mais
sofreu com as mudanças foram, justamente, PR e PMN, ambos da base aliada
de Rosalba. Cada um deles tinha três deputados antes das mudanças.
Agora, apenas 1. O PMDB, que tinha quatro, se manteve como maior bancada
da Assembleia, agora com cinco parlamentares. O mesmo número, por
sinal, tem o recém-criado PROS do presidente Ricardo Motta. (CM)
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