Brasília (AE) - A agricultura fechou 12.092 postos de trabalho com
carteira assinada em agosto, no Brasil, segundo dados do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE) na última sexta-feira, 20. O setor foi o que
mais demitiu, no período.
De acordo com o Caged, a perda de
vagas no setor agrícola ocorreu por motivos sazonais e foi menor do que a
registrada em agosto do ano passado, quando o número de demitidos
chegou a 16.615. Neste ano, o ramo que apresentou a maior queda de
emprego em agosto foi o cultivo de café com o fechamento de 15.554
postos. Os Estados mais atingidos foram Minas Gerais (-11.816) e São
Paulo (-2.553).
Outra atividade que apresentou demissões foi a
de produção de sementes certificadas, com o fechamento de 1.668 pontos,
dos quais 1.542 apenas em Goiás.
Já os ramos que apresentaram os
melhores resultados no emprego foram cultivo de cana de açúcar (2.640
postos), de plantas de lavoura temporárias não especificadas (1.846) e
cultivo de uva (1.231). No caso de cana de açúcar, mereceram destaque
Pará (1.751 postos) e Maranhão (1.366). Quanto ao cultivo de plantas,
chamaram a atenção Rio Grande Norte (1.112) e Ceará (808); e ao de uva,
Bahia (740) e Pernambuco (445).
O outro setor que fechou o mês
de agosto com saldo negativo no mercado de trabalho, só que em menor
proporção, foi serviços industriais de utilidade pública. No mês, a
atividade demitiu 448 trabalhadores a mais do que contratou, no país.
Crescimento
Se
considerado o conjunto de atividades econômicas do país, o Caged mostra
que a geração de empregos formais aumentou em agosto. Foram gerados
127.648 empregos formais no país, um crescimento de 0,32% se comparado
ao mês anterior.
No acumulado do ano, o emprego cresceu 2,72%,
representando o acréscimo de 1.076.511 postos de trabalho. Nos últimos
12 meses foram gerados 937.518 postos, uma elevação de 2,36%. Se
analisado o comportamento do emprego de janeiro de 2011 a agosto de
2013, a elevação foi de 10,54%, com abertura de 4.686.790 postos de
trabalho no país.
Segundo análise de equipe técnica do MTE, o
resultado aponta um maior dinamismo do mercado de trabalho formal. As
admissões atingiram 1.845.915 contra 1.718.267, desligamentos. O saldo
de 127.648 empregos superou os 100.938 gerados em agosto do ano passado.
O
bom desempenho se refletiu em seis dos oito setores da economia, com
destaque para o setor de Serviços, que gerou 64.290 mil postos de
trabalho, seguido do Comércio, com aumento de 50.070 postos, a Indústria
de Transformação, com 11.347 postos, e a Construção Civil, com 11.165
novos empregos.
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