Uma ação conjunta entre as polícias civil e militar da Paraíba
desarticulou uma quadrilha de traficantes internacional de drogas que
atuava no Rio Grande do Norte e em outros oito estados brasileiros onde o
grupo tinha ramificações. Ao total, 14 pessoas foram pressas e 22
indiciadas até este final de semana, incluindo o líder do bando, o
peruano Walmer Ramirez Campos, detido em Fortaleza.
Os entorpecentes vinham da Bolívia e encaminhados para o Ceará, de onde era distribuído para os demais estados.
Segundo o delegado Cristiano Jacques, a quadrilha mantinha contato
com vários traficantes que estão cumprindo penas em penitenciárias de
vários estados e as investigações começaram em julho passado, quando
três pessoas foram presas em flagrantes no município de Patos, no sertão
paraibano, com dois quilos de maconha prensada.
“Após a prisão dos suspeitos, iniciamos um trabalho investigativo que
resultou na prisão de outros traficantes, e também investigamos
inclusive pessoas presas, como é o caso de um apenado do Presídio
Regional de Patos, na Paraíba, condenado a 14 anos de reclusão por
tráfico, associação e formação de quadrilha. Com isso, chegamos à rota
de entrada da droga no Brasil, bem como a sua distribuição para os
demais estados”, explicou o delegado.
Conforme as investigações, os entorpecentes (crack, cocaína e
maconha) vinham da Bolívia e entrava no Brasil através dos estados do
Acre e Mato Grosso, nas regiões Norte e Centro-Oeste do país. Destes, o
material era levado para o município de Fortaleza, no Ceará, onde era
distribuída para o Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Maranhão,
Piauí, São Paulo, Amazonas e Acre.
“Além destes, a droga também era enviada para os países do Peru e
Espanha, o que demonstra o caráter internacional da distribuição dos
entorpecentes. A rede criminosa era muito complexa e os
traficantes-compradores faziam o pagamento através de depósitos
bancários em contas indicadas pelo líder da quadrilha ou ainda pela
chefia ou pessoa indicada por este, que, em muitos casos, era a esposa
de Walmer, a brasileira Raquel Vieira de Lima”, afirmou o delegado.
Walmer, também conhecido pelos apelidos de “Tony” e “Gringo”, usava o
nome falso de Marco Antonio Chavarry Trujillo e foi já havia sido
detido anteriormente pela Polícia Federal quando transportava cocaína
vinda do exterior, no aeroporto de Fortaleza. No último sábado, ele e
sua esposa foram presos em flagrante por policiais civis e militares da
Paraíba e do Ceará, durante a Operação “Prefixo”, em um imóvel no bairro
Henrique Jorge, na capital cearense.
A Polícia Civil da Paraíba vai investigar ainda a quantidade da
movimentação financeira da quadrilha internacional, já que os valores
cobrados pelo quilo das drogas chegavam a R$ 16 mil, como no caso da
cocaína. Os responsáveis pelas investigações devem enviar ainda nesta
semana as informações relacionadas aos integrantes da quadrilha que
atuam no Rio Grande do Norte, para que eles sejam localizados e presos.
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