O presidente da Comissão de Fiscalização e Finanças da Assembleia
Legislativa, deputado estadual Tomba Farias, filiado ao PSB, partido
presidido no RN pela ex-governadora Wilma de Faria, discordou do
presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Aderson Silvino, que na
semana passada disse, em entrevista ao Jornal de Hoje, que o orçamento
enviado pelo governo para apreciação e votação na Assembleia Legislativa
é “irreal”.
“A gente tem escutado muito nos jornais, as notícias, das
dificuldades que estão chegando, mas pelo menos uma coisa é certa, eu
acho que o orçamento foi feito o real”, disse Tomba, esta manhã, em
entrevista ao “Jornal da Cidade”, da FM 94. “No ano que se passou
fizeram um orçamento fictício e esse ano fizeram um orçamento dentro da
realidade da arrecadação do Rio Grande do Norte”, completou o
parlamentar, que nesta semana será responsável por indicar o relator do
Orçamento.
“Nós estamos aguardando que o Orçamento chegue à Comissão e em
seguida vamos analisar para na próxima quarta-feira definirmos quem será
o relator”, afirmou Tomba. Para ele, o que o leva a dizer que o
orçamento está mais real é o fato de que o orçamento deste ano foi
subestimado. “A gente sabe que o Estado está em uma situação difícil. As
despesas aumentam e isso nos preocupa muito. Hoje o governo não tem
dinheiro para custeio, o governo não tem dinheiro para investimento,
isso é uma preocupação muito grande e a gente tem visto os poderes já se
pronunciando, reclamando o orçamento e mais uma vez o orçamento vem
cair no colo e nos braços da Assembleia Legislativa, que era uma peça
que devia vir mais ou menos já definida, organizada, debatida por esses
poderes, para que a gente pudesse apenas fazer algumas mudanças ou
talvez aprová-la toda”, analisou.
O deputado Tomba Farias defendeu que diante das dificuldades, “chegou
a hora também de todas as pessoas cederem um pouco; a própria
Assembleia, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público. A gente sabe
que se precisa de recursos, que eles são importantes para gerir o órgão,
mas tem que ser analisado com muito carinho, com muito cuidado, porque,
se todo ano aumenta, e todo ano aumenta, vai chegar um dia que vai
topar, não vai ter recursos. Isso precisa ser mais detalhado e está na
hora de sentar todo mundo e poder fazer o orçamento desse ano”, afirmou.
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