As admissões políticas acontecem a
despeito do anúncio de redução de gastos, feito pelo presidente Renan
Calheiros, por meio do congelamento de nomeações e, inclusive, do corte
das contratações de confiança. “É, no mínimo, questionável que o Senado
esteja aplicando a política de austeridade para seleções públicas e, ao
mesmo tempo, nomeando quem lhe interessa para ocupar cargos
comissionados”, diz o subprocurador-geral da República Francisco dos
Santos Sobrinho, membro da 1ª Câmara de Coordenação e Revisão do
Ministério Público Federal, que trata de denúncias de concursos.
Além disso, esses funcionários
terceirizados não custam barato. Apesar de a média salarial de um
comissionado ser menor que a de um servidor efetivo — R$ 6,5 mil ante R$
24,9 mil, respectivamente —, um apadrinhado pode chegar a receber R$
17,1 mil, segundo a tabela divulgada pela Casa legislativa no Portal da
Transparência. Assim, a despesa mensal com esse tipo de trabalhador
ultrapassa os R$ 20 milhões.
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