Mesmo ainda em obras, o cenário da Maternidade Professor Leide
Morais, localizada no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, na zona
Norte de Natal, já é bem diferente de meses anteriores. Cerca de 70% do
piso já foi trocado, as paredes mofadas já estão sendo tratadas e a
reforma da parte central da cobertura já foi concluída. O atendimento na
Maternidade foi suspenso desde o dia 13 de junho para a reforma da
cobertura e a troca do piso, danificados por infiltrações e alagamentos
causados pelas chuvas. Algumas salas da unidade estavam com parte do
teto comprometido, com risco de desabar. Devido aos inúmeros problemas
apresentados pela Maternidade, o número de leito em utilização caiu. Dos
35 leitos, apenas 13 estavam sendo utilizados.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a reforma da
Maternidade Leide Morais está adiantada. O diretor de infraestrutura da
pasta, Leonardo Rodrigues, afirmou que o prazo para o término das obras é
dezembro, porém, no final de outubro parte do prédio pode ser entregue,
o que proporciona o retorno dos atendimentos.
“Por enquanto estamos no cronograma e trabalhamos com a expectativa
de entregar em dezembro ou até mesmo diminuir o prazo pra outubro”,
garantiu Leonardo Rodrigues. As obras de reforma da Leide Morais estão
sendo executadas pela Faço Construções, empresa ganhadora da licitação. O
custo é de aproximadamente R$ 500 mil, mas pode chegar a R$ 800 mil. A
SMS, segundo Cipriano Maia, também vai adquirir novos equipamentos e uma
nova mobília para a maternidade.
A unidade está interditada desde 13 de junho por não ter condições de
promover atendimento às pacientes. A estrutura era tomada pelo mofo e
os problemas de infiltração eram visíveis. A reestruturação começou a
ser feita em julho. Por isso, hoje o mofo deu lugar à poeira dos
materiais de construção e as paredes ganham aos poucos cara nova com as
pinturas recentes. Quase todo o prédio conta com um novo piso e a
cobertura está no processo final de substituição. Segundo Leonardo
Rodrigues, a estrutura já está no processo de acabamento.
Falta trocar o piso apenas da área de Pronto Atendimento, onde
funcionam os setores de mamografia, ultrassonografia, sala de vacina,
farmácia, almoxarifado e duas enfermarias, além do centro cirúrgico, que
requer um piso especial. A cobertura falta completar apenas a parte
externa. A expectativa é que até o início de outubro esse trabalho seja
concluído. O funcionário da Maternidade, João Santos, conta que as
chuvas que caíram nos últimos dias foi um teste, pois a área em que a
cobertura foi feita não houve infiltrações.
Em algumas enfermarias, o gesso rachou ou caiu por causa das
infiltrações e também precisará ser trocado. “Onde as infiltrações
comprometeram o gesso, esse será trocado e colocado um nosso gesso”,
disse João Santos. Pelo menos, quatro salas estavam interditas por
problemas no gesso.
A Maternidade Leide Morais enfrentou problemas logo no começo das
atividades. Inaugurada no dia 23 de dezembro de 2008, a unidade ficou
sem energia elétrica nos primeiros meses por causa de problemas com os
geradores. A administração da maternidade também assumiu que havia
deficiências de recursos humanos, principalmente na área de
pediatra-neonatologia e anestesistas.
Problemas estruturais também eram recorrentes na unidade. Menos de um
ano depois de ser aberta, a maternidade já apresentava os mesmos
problemas que apresenta até o mês de junho: infiltrações e alagamentos.
Em junho de 2009, o teto da cozinha cedeu. Em 11 de dezembro de 2011, a
unidade teve que suspender o atendimento por falta de água. Para
racionar a pouca água que ainda restava, os profissionais tiveram que
limitar até o uso do banheiro. Além de paralisações por conta de
problemas físicos, os trabalhadores paralisaram os serviços diversas
vezes.
Em dezembro de 2011, os funcionários do hospital deflagraram greve
pelo atraso no pagamento das gratificações. Após 10 meses, houve nova
paralisação. Na época, outras maternidades da rede municipal também
paralisaram.
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