segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Isto é suspeito: 80% dos sorteios da Mega Sena não tem vencedor



Aumentaram as suspeitas envolvendo os sorteios da Mega-Sena pelo insustentável sigilo dos nomes dos ganhadores: levantamento indica que 80% dos sorteios de 2017 não tiveram ganhador. Dos 110 concursos no ano passado, apenas 22 tiveram acertadores (nas seis dezenas). A maioria dos prêmios sai após cinco acúmulos, em média. Em 2018, o primeiro pagamento saiu apenas no quarto sorteio. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Ao todo, foram 43 apostas vencedoras da Mega-Sena durante todo o ano passado, 17 só na Mega da Virada. Nenhum nome foi divulgado.

Na Mega da Virada houve três apostas vencedoras na mesma lotérica. A Caixa jura que o problema foi “validação” de um bilhete três vezes.

Cerca de 10% do prêmio não são pagos nos sorteios de forma alguma e acumula até cinco vezes antes de ser pago em concursos específicos

PM flagra arrombamento, troca tiros com criminosos e recupera mais de R$ 100 mil em perfumes roubados no RN

Perfumes roubados foram encontrados dentro de dois veículos, após troca de tiros entre policiais e criminosos em Apodi, RN (Foto: PM/Divulgação)

O sistema de monitoramento por câmeras da Policia Militar em Apodi, cidade da região Oeste potiguar, flagrou o arrombamento a uma loja de cosméticos e perfumaria na madrugada deste domingo (21). Após trocar tiros com o suspeitos, um homem foi baleado e cerca de R$ 100 mil em produtos foram recuperados. O caso aconteceu por volta das 3h no centro da cidade.

Segundo a polícia, durante a ação flagrada pelas câmeras, equipes do Grupo Tático Operacional e da Rádio Patrulha da PM foram enviadas e recebidas à bala no local.

"Houve uma intensa troca de tiros onde um dos suspeitos identificado como Henrique Linhares da Silva, de 25 anos de idade, natural de Fortaleza, foi baleado e preso, e o restante da quadrilha conseguiu fugir correndo a pé pelas ruas da cidade", informou a PM. Buscas ainda foram realizadas, mas nenhum outro suspeito foi preso até a publicação desta matéria.

Na fuga, os criminosos deixaram para trás dois carros. Dentro deles, foram encontradas muitas caixas de perfumes que tinham sido roubados da loja. A polícia afirmou que a carga vale mais de R$ 100 mil. O homem baleado foi levado pelos próprios policiais ao Hospital de Apodi.

Julgadores de Lula, na quarta feira, não gostam de aparecer



O julgamento do recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá (SP) pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), na próxima quarta (24) não terá coletiva de imprensa nem PowerPoint. A dobradinha entre a Justiça e o Ministério Público Federal em Curitiba, protagonizada pelo juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, não encontra eco em Porto Alegre.

Na segunda instância, tanto o procurador regional Maurício Gotardo Gerum, autor do parecer do MPF no processo, quanto os desembargadores da 8.ª Turma do TRF-4, responsável por julgar os recursos, evitam a imprensa. Não há articulação conjunta entre as assessorias para mobilizar a mídia. O atendimento a jornalistas é apenas “reativo”, como diz um assessor do MPF. 

Pedidos de entrevista são negados mesmo por membros não ligados diretamente ao julgamento. É uma questão de proteção, alegam. O presidente do TRF-4, desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores, notificou o Supremo Tribunal Federal na semana passada sobre ameaças aos juízes e ao próprio prédio do Tribunal. 

Nesse clima de tensão, os desembargadores da 8.ª Turma do TRF-4 procuram manter a discrição e se pronunciam só nas peças jurídicas que assinam. Quando a ocasião exige, recorrem a notas oficiais, como fez Leandro Paulsen depois que a suposta celeridade do colega João Pedro Gebran Neto foi questionada por aliados de Lula – Gebran, relator do processo, concluiu o voto em cem dias. 

“Embora cada processo tenha a sua particularidade, muitas questões já contam com precedentes, e isso tem facilitado gradualmente os julgamentos, tornando-os menos trabalhosos, o que permite que sejam aprontados mais rapidamente. A razão é, portanto, prática, relativa à preparação dos julgamentos. Não tem nenhum caráter político”, afirmava a nota.

Comedidos na relação com a mídia, nas decisões os desembargadores da 8.ª Turma do TRF-4 já fizeram fama de “mão pesada”. O retrospecto dos processos da Lava Jato mostra que o Tribunal tem sido mais rígido ao dimensionar as penas. 

Revisão

Na próxima quarta, Gebran, Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus revisarão a sentença que pode definir o futuro de Lula nas próximas eleições. Se condenado em segunda instância, Lula pode se tornar inelegível, de acordo com a Lei da Ficha Limpa. A apelação criminal do ex-presidente e mais seis réus envolve o favorecimento da construtora OAS em contratos com a Petrobrás, com o pagamento de propina destinada ao PT e a Lula, por meio do apartamento triplex do Guarujá (SP). 

As imputações são de corrupção ativa e passiva e de lavagem de dinheiro. A defesa do petista nega irregularidades e pretende explorar manifestação de Moro para argumentar desvinculação dos crimes com o esquema de corrupção na estatal.

No parecer enviado ao TRF-4 em 6 de outubro de 2017, o MPF, em segunda instância, entendeu que efetivamente houve crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Cabe aos três desembargadores o veredicto. (AE)

RN começa a exportar fio de sisal para os Estados Unidos

Plantação de sisal (Foto: Henrique Mendes / G1)

Mais um produto potiguar passará a ser exportado a partir deste mês pelo Porto de Natal. O fio agrícola feito a base de sisal, conhecido como baler twine, será enviado aos Estados Unidos em uma navio com embarque previsto esta próxima semana. Até o ano passado, a empresa responsável pela operação, enviava o produto pelo porto de Suape, em Pernambuco.

Até junho, a previsão é de que sejam embarcados pelo menos dois contêineres por mês. O fio agrícola é usado para amarrar fardos de feno, que, armazenados no verão, servem de alimentação do gado no inverno da América do Norte.

A empresa Sisaltec, responsável pela venda é instalada no Distrito Industrial de Extremoz há oito anos e, segundo os responsáveis, tem capacidade de produção para 200 mil fardos do fio por ano, o que totalizaria 14 contêineres por mês. Essa quantidade de produção deve ser atingida até o final de 2020.

Atualmente, são processadas 80 toneladas de sisal por mês. “Temos um mercado em expansão, tanto nacional quanto internacional. Estamos trabalhando nessas duas frentes”, destacou Harry Polman, diretor comercial da Sisaltec.

Ele chamou atenção que só o mercado concentrado nos Estados Unidos e Canadá consome quase 2 milhões de fardos de baler twine de sisal por ano.

Sisal

O sisal é uma planta com origem na América Central, mas que se adaptou muito bem ao semiárido nordestino. Ela possui a fibra vegetal mais dura de que se tem conhecimento, que é usada na produção de cordas e fios biodegradáveis, além de artesanatos e vários outros produtos. De acordo com a Embrapa, o maior produtor no Brasil é o estado da Bahia, seguido pela Paraíba e pelo Rio Grande do Norte.

FINAL TRISTE: Grávida morre no Hospital de Currais Novos durante parto; gestante reclamou do atendimento nas redes sociais



“Entreguei em suas mãos Senhor Jesus, protege a mim e o meu filho”. Esse foi um trecho, um dia antes de morrer, de uma das diversas postagens feitas pela jovem Thaís Araújo, de apenas 22 anos, que esperava pela chegada do seu segundo filho e reclamava muito do atendimento recebido no Hospital Regional de Currais Novos, nos últimos dias em que começou sentir complicações na gestação.

Em outra publicação, Thaís diz: “Senhor, eu não entendo esses médicos, mandam você fazer uma coisa depois é outra, diz que é pra ir pra Santa Cruz que você vai ter bebê lá, aí chega outro médico e não autoriza…”.

A jovem Thaís, que já tinha uma menina de seis anos e estava ansiosa com a chegada do pequeno João Gabryel, expressou por várias vezes nas redes sociais que procurou a unidade hospitalar porque estava com complicações na gestação, mas não conseguiu resolver o problema. No entanto, o pior estava por vir. Na noite deste sábado (20), Thaís não resistiu e veio a óbito. O bebê sobreviveu.

Familiares acionaram a Polícia e foram até a delegacia de plantão em Caicó prestar um BO, solicitando assim que o fato seja investigado. O corpo da jovem foi encaminhado até o ITEP de Caicó, mas deverá ser conduzido até Natal para uma apuração maior da causa morte.

Diante do fato expressado por Thaís em suas redes sociais, internautas se revoltaram e exigem um melhor esclarecimento do caso, pedindo justiça e citando “negligência médica” no atendimento.

Até o final desta matéria, o Hospital não tinha publicado nenhuma nota explicando o acontecimento.

Via: BG

23 senadores investigados na Lava Jato ficam sem foro privilegiado se não se elegerem em 2018

O plenário do Senado, em Brasília (Foto: Marcos Oliveira, Agência Senado)

Vinte e três senadores alvos da Operação Lava Jato – ou de desdobramentos da investigação – ficarão sem o chamado foro privilegiado se não se elegerem em 2018.

O número de parlamentares nessas condições é quase metade dos 54 senadores cujos mandatos terminam neste ano.

O foro por prerrogativa de função, o chamado "foro privilegiado", é o direito que têm, entre outras autoridades, presidente, ministros, senadores e deputados federais de serem julgados somente pelo Supremo.

Sem isso, os senadores passariam a responder judicialmente a instâncias inferiores. Como alguns são alvos da Lava Jato, poderiam ser julgados pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela operação em Curitiba.

Nas eleições gerais de outubro, dois terços (54) das 81 cadeiras do Senado serão disputadas pelos candidatos. Os mandatos de senadores são de oito anos – para os demais parlamentares, são quatro.

A cada eleição, uma parcela do Senado é renovada. Em 2014, houve a renovação de um terço das vagas (27). Cada unidade federativa elegeu um senador.

Neste ano, duas das três cadeiras de cada estado e do Distrito Federal terão ocupantes novos ou reeleitos.

Caciques ameaçados

Entre os investigados que podem ficar sem mandato – e consequentemente sem foro privilegiado – a partir de 2019, estão integrantes da cúpula do Senado.

São os casos do presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE); do líder do governo e presidente do PMDB, Romero Jucá (RR); do líder do PT, Lindbergh Farias (RJ) e do líder da minoria; Humberto Costa (PT-PE). Os quatro são alvos da Lava Jato.

Ex-presidentes da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Jader Barbalho (PMDB-PA) e Edison Lobão (PMDB-MA) também são investigados na Lava Jato e terão de enfrentar as urnas neste ano.

Lobão é o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, um dos colegiados mais importante da Casa.

Dois senadores que presidem partidos são réus no Supremo Tribunal Federal (STF): Gleisi Hoffmann (PT-PR), em ação penal da Lava Jato, e José Agripino Maia (DEM-RN), em desdobramento da operação. Os dois também estão na lista dos senadores com os mandatos a expirar.

O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), é outro senador investigado na Lava Jato que pode ficar sem mandato caso não se eleja em 2018. Na mesma situação está Benedito de Lira (AL), líder do PP no Senado.

O atual vice-presidente da Casa, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), é alvo de inquérito em desdobramento da Lava Jato. Seu correligionário, Aécio Neves (PSDB-MG) – ex-presidente tucano e segundo colocado nas eleições presidenciais de 2014 – também é investigado no Supremo.

Alvo de inquérito em operação derivada da Lava Jato, Aloysio Nunes (SP) – hoje à frente do Ministério das Relações Exteriores – é outro tucano detentor de mandato que pode ficar sem foro privilegiado se não se eleger em 2018. Ele foi candidato a vice-presidente da República em 2014, na chapa encabeçada por Aécio.

As líderes do PSB, Lídice da Mata (BA), e do PC do B, Vanessa Grazziotin (AM) – ambas investigadas em desdobramentos da Lava Jato – também estão nessa lista. Vice-líder do PMDB, Valdir Raupp (RO) é réu no Supremo após investigações da operação.

Outros investigados que também são alvos da Lava Jato ou de investigações derivadas da operação, os senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES); Dalirio Beber (PSDB-SC); Eduardo Braga (PMDB-AM); Jorge Viana (PT-AC); e Ivo Cassol (PP-RO) – já condenado pelo STF em outra apuração sem ligação com a Lava Jato.