sábado, 6 de abril de 2019

Tragédia é maior que Brumadinho, diz brasileiro em Moçambique




“Aqui, a extensão do desastre é muito maior que em Brumadinho, com uma extensão de aproximadamente 500 quilômetros de áreas atingidas. E ainda há muitas pessoas que precisam ser assistidas.” A declaração é do sargento Michel Santana, um dos integrantes da equipe de profissionais brasileiros que está em Moçambique para ajudar no resgate e salvamento dos afetados pelo Ciclone Idai, que devastou o país em 4 de março.

A previsão inicial é que os brasileiros permaneçam durante 30 dias no local. O grupo é composto por 20 bombeiros da equipe de busca e salvamento da Força Nacional de Segurança Pública e mais 20 militares mineiros que atuaram nos trabalhos de salvamento e resgate de vítimas do rompimento da barragem da mina Córrego Feijão em fevereiro, em Brumadinho (MG). As equipes viajaram em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB), levando veículos, botes e outros equipamentos fornecidos pela Força Nacional e pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais.

Ajuda a quem precisa

Em Moçambique, eles ajudam a quem precisa e abrem espaço para a atuação de centenas de funcionários de agências da Organização das Nações Unidas (ONU) após a passagem do Idai. Os moçambicanos também receberam a ajuda das Forças Arnadas de países como Angola, África do Sul, Portugal e Israel. A emergência deixou mais de 3 milhões de pessoas desabrigadas e cerca de 750 mortos em Moçambique, no Maláui e no Zimbábue.

A missão das tropas e bombeiros brasileiros no país africano é bem-vinda para apoiar a muitos que ainda precisam, como defendeu a diretora-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique, Augusta Maíta, ao receber o grupo. “Nós precisamos acessar a parte da nossa população, que não é possível alcançar por via terrestre por via marítima.”

O país, o mais afetado pelo ciclone, confirmou 598 mortos. Segundo o embaixador do Brasil em Moçambique, Carlos Alfonso Puente, a operação de socorro ainda deve durar algum tempo. “Neste momento em que eles chegam, é o momento em que algumas das primeiras ajudas já partiram. E há muito o que fazer ainda,” disse.

Para o major Wagner da Silva, a experiência trazida de Brumadinho soma muito na atuação no país africano. “Boa parte dos que atuam aqui, na Força Nacional, atua em conjunto com outras agências e órgãos de segurança pública, na ação de recuperação de corpos e assistência no Brasil.”

De novo na lama

Os brasileiros chegaram em Moçambique para comandar a operação na região de Búzi, perto da cidade da Beira. A ameaça e os estragos das águas levaram a concentrar especial atenção às operações de salvamento das vítimas nessa vila. “Assim que desembarcamos aqui, pudemos ter uma noção melhor do que realmente estava acontecendo, pois a devastação, aliada à falta de estrutura e saneamento, acaba dificultando as ações de socorro e agravando a situação das vítimas”, conta o major Wagner da Silva.

Nas buscas, o momento de encontrar a próxima vítima soterrada é incerto. Para o subtenente Gilmar Viana, o esforço é pouco para beneficiar as comunidades afetadas: “A gente vê uma cidade praticamente devastada devido ao ciclone, mas dentro das possibilidades, como seres humanos que somos, tudo faremos para que o pouco que possamos fazer surta efeito na vida da população”.

“Nós tivemos Brumadinho em 2019 e, e combinando com a operação internacional em Moçambique, tudo isso nos proporciona um aproximar de planejamento e a execução, isso tem uma grande diferença porque nos permite nos adaptarmos mais rapidamente ao evento, à situação e à necessidade,” disse o sargento Michel Santana.

Foto: Reuters
Fonte: EBC

Para maioria, golpe de 1964 não deve ser comemorado, diz pesquisa



A comemoração da data que marcou o início da ditadura militar no Brasil, alvo de polêmica no último mês após ser incentivada pelo presidente Jair Bolsonaro , não conta com o mesmo apoio por parte da maioria da população. É o que aponta pesquisa do instituto Datafolha veiculada hoje pelo jornal “Folha de S. Paulo”.

Segundo o levantamento, para 57% dos entrevistados o golpe militar de 1964 deve ser desprezado. Já os que acham que a data merece, sim, comemoração, somam 36%. Outros 7% não souberam responder ou não quiseram opinar.

O levantamento é baseado nas respostas de 2.086 entrevistados pelo instituto entre terça e quarta-feira, em 130 municípios brasileiros. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança (que é a chance de a pesquisa retratar a realidade) é de 95%.

De acordo com a pesquisa, o desprezo à data do golpe tem maior apoio entre os mais jovens, mais escolarizados e mais ricos da população. Entre as pessoas de 16 a 24 anos, 64% são contrários à comemoração. A porcentagem chega a 67% entre quem tem ensino superior e a 72% entre os de renda familiar mensal superior a dez salários mínimos.

Do outro lado, foram favoráveis à celebração do golpe 42% das pessoas com mais de 60 anos, 43% dos que têm ensino fundamental e 39% dos que têm renda mensal familiar de até dois salários mínimos.

Um outro recorte sobre o resultado da pesquisa, aponta que a maioria dos evangélicos entrevistados também rejeita as comemorações relativas ao início da ditadura.

Bolsonaro causou polêmica no mês passado ao determinar a comemoração do golpe de 1964 em quartéis. Criticado, disse que a intenção do governo era, na verdade, “rememorar” o dia .

O Globo

Protesto é convocado contra corte de emenda que iria para bairro da Redinha



Não desceu nada bem o corte, pela bancada parlamentar do RN, da emenda coletiva da Redinha de R$ 24 milhões feita em favor de outras áreas consideradas mais importantes, como a saúde e segurança pública.

Um ato de protesto contra o corte está sendo convocada para este sábado, a partir das 16 horas ao lado do mercado que seria revitalizado com os recursos, na Redinha. Do total previsto, o projeto só receberá R$ 1 milhão.

“Convoque seus amigos e quem puder para defender nossa cidade. Todos da bancada federal foram bem votados em Natal. Não podem fazer isso com a cidade!!!”, diz uma das mensagem distribuídas nas redes sociais.

O prefeito Álvaro Dias e o secretário de Turismo, Fernando Fernandes, foram surpreendidos com a notícia do corte.

Decepcionado com o que qualificou como “um corte na calada da madrugada”, o secretário Fernando Fernandes criticou o fato do prefeito não ter sido avisado.

“Eles precisavam cortar R$ 36 milhões, podiam ter tirado R$ 1 milhão de vários lugares, mas resolveram buscar R$ 24 milhões de um único projeto que a prefeitura já dava como certo sem ao menos dar uma ligação se explicando”, afirmou Fernandes.

Ouvido a respeito, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira no RN (ABIH), José Odécio, também lamentou o corte da emenda. “Nós sabemos que existem muitas prioridades, mas um corte que prejudicará um corredor turístico importante de Natal é realmente lamentável”, afirmou.

Foram os seguintes integrantes da bancada federal que votaram a favor do corte de recursos para a Redinha: deputado Rafael Motta (PSB), que coordena a bancada federal potiguar; os senadores Zenaide Maia (PROS) e Styvenson Valentim (Podemos) e os deputados Benes Leocádio (PRB), Beto Rosado (PP), Fábio Faria (PSD), Generão Girão (PSL) e João Maia (PR).

Por Marcelo Holanda

Fora do Mais Médicos, cubanos trabalham como balconistas em farmácias do RN

Yoanis Infante, médico cubano que ficou no Brasil após saída do Mais Médicos, virou atendente de farmácia em Mossoró, RN — Foto: Cedida

Com 26 anos de experiência como médica, Zuzel Ramos Rodriguez vive uma nova experiência profissional. Fora do programa Mais Médicos desde o final do ano passado, quando o governo federal encerrou a parceria com a Organização Panamericana de Saúde (Opas), ela conseguiu emprego como balconista de farmácia no bairro Abolição I, em Mossoró.

Ela não é um caso isolado. Sem o processo de revalidação dos diplomas, pelos menos três profissionais cubanos que atuavam na cidade e resolveram ficar no Rio Grande do Norte após a saída de Cuba do programa estão trabalhando em farmácias, ganhando um salário mínimo mensalmente.

"O processo do Revalida de 2017 só acabou agora e nós estamos esperando abrir o novo edital para revalidar nossos diplomas e poder atuar", diz a médica, que chegou a Mossoró em 2014. Ela se casou e se estabeleceu na cidade.

Apesar das dificuldades, Zuzel não reclama do novo emprego. "É uma experiência boa, porque já conheço nomes de medicamentos genéricos e tenho conhecido outros. Não era o que eu estava acostumada, mas eu gosto", conta.

Com 26 anos de experiência, dra. Zuzel Ramos Rodriguez é uma entre médicos cubanos que viraram atendentes de farmácia no RN — Foto: Cedida
Zuzel Ramos Rodrigues, Médica Cubana 

Reconhecidos por antigos pacientes, os médicos sempre são abordados por pessoas que querem fazer uma consulta, mas lembram que não podem exercer a profissão enquanto não fizerem a revalidação do diploma. "Não podemos fazer consultas, nem receitar remédios", lembra Yoanis Infante, outro profissional que também virou balconista.

Yoanis trabalha há dois meses em uma farmácia do bairro 12 Anos - o mesmo no qual ele atuava como médico de saúde da família, pelo Mais Médicos. Com alguns descontos, por não ter trabalhado o primeiro mês completo, recebeu R$ 650 de salário. "Trabalho por comissão, mas se não alcanço o salário mínimo, a farmácia completa, Tem os descontos como INSS", diz.

O médico reclama porque diz que há vagas disponíveis no programa, porém, o governo não abriu oportunidade para os profissionais cubanos que decidiram ficar no país. "Disseram que os médicos que quisessem ficar poderiam fazer revalidação e continuar no programa, mas isso não aconteceu. Só abriram para brasileiros com CRM e brasileiros que se formaram no exterior. Alguns até já abandonaram as vagas, mas não deram oportunidade para nós", diz.



PRF apreende droga, arma e moto roubada em fiscalizações no RN; suspeitos são presos

Cerca de dois quilos de maconha foram apreendidos pela PRF durante fiscalização na BR-427 no RN — Foto: PRF/Divulgação

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu cerca de 2 quilos de drogas, uma arma de fogo e recuperou uma moto roubada na noite desta sexta-feira (5), durante fiscalizações da Operação Lábaro. Além das apreensões, três suspeitos foram presos em flagrantes. Os casos aconteceram na região metropolitana de Natal, e nas regiões Oeste e Seridó.

A apreensão da droga aconteceu por volta das 18h em Caicó, no quilômetro 98 da BR-427. De acordo com a PRF, a equipe abordou o condutor de uma motocicleta, um homem de 25 anos que, durante a fiscalização, apresentou muito nervosismo.

Ainda de acordo com a corporação, o homem entrou em algumas contradições ao ser questionado pelos policiais. Após buscas na mochila do suspeito, foram encontrados dois tabletes de maconha que pesaram mais de 2 kg.

Diante do flagrante, ele confessou que estava vindo da cidade Parelhas, outra cidade da região Seridó, onde teria pego o entorpecente. O homem foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Caicó.

Revólver apreendido estava embaixo do banco de motorista preso pela PRF no RN — Foto: PRF/Divulgação

Já em Mossoró, na região Oeste , um revólver calibre 38 foi apreendido com duas munições intactas. O caso aconteceu por volta das 22h30 no km 29 da BR 304. Um homem de 29 anos, condutor de um Corsa, foi preso por porte ilegal de arma.

A prisão aconteceu durante vistoria ao veículo, quando os policiais encontraram a arma sob o banco do motorista.

Em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal, a PRF recuperou um veículo roubado. O caso aconteceu no km 81 da BR 101 Norte. Um ciclomotor de cor vermelha estava sendo conduzido por um homem que foi abordado pelas equipes. Porém, além de não ser habilitado, ele portava uma nota fiscal falsa.

No detalhamento da fiscalização, foi confirmado que o veículo tinha queixa de roubo. Diante dos fatos, o homem foi preso e encaminhada com o ciclomotor à Delegacia de plantão da zona norte em Natal.

Suspeito estava com nota fiscal falsa para moto roubada na Grande Natal — Foto: PRF/Divulgação

Bolsonaro anuncia 13º do Bolsa Família na semana que vem



O presidente Jair Bolsonaro confirmou hoje (4) que o governo pagará o 13º benefício do Bolsa Família no final deste ano. A medida está entre as metas dos primeiros 100 dias de governo e será oficialmente anunciada na próxima semana, em um evento no Palácio do Planalto.

"O 13º do Bolsa Família será anunciado na semana que vem, para atingir diretamente os mais necessitados. O recurso virá do combate a fraude [no programa]", afirmou Bolsonaro, durante transmissão ao vivo em sua página no Facebook.

Na live, o presidente estava acompanhado dos ministros Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). A transmissão semanal, que começou às 19h, durou pouco mais de 27 minutos.

O custo total com o pagamento extra do benefício de combate à miséria será de R$ 2,5 bilhões, como já havia estimado o ministro da Cidadania, Osmar Terra. O Bolsa Família é pago a mais de 13 milhões de famílias pobres do país.

100 dias

Segundo Bolsonaro, o governo cumprirá praticamente todas as metas que estavam previstas para os primeiros 100 dias de governo.
"Semana que vem estaremos aqui entrando no centésimo dia [de governo]. Cada ministro tem sua meta a ser atingida. Pelo que vi até agora, 95% da meta vai ser atingida, o 5% restante [será] parcialmente atingida. Estamos lutando para ver se a gente cumpre 100% da meta", disse.

Pacote

Bolsonaro e Moro também comentaram, durante a transmissão, a tramitação do pacote anticrime apresentado pelo governo em fevereiro. O projeto prevê alterações em 14 leis, como Código Penal, Código de Processo Penal, Lei de Execução Penal, Lei de Crimes Hediondos, Código Eleitoral, entre outros.

O objetivo, segundo o ministro, é endurecer o combate a crimes violentos, como o homicídio e o latrocínio, e também contra a corrupção e as organizações criminosas.

"O projeto ele foca basicamente o crime organizado, crime violento e corrupção. Ele endurece o tratamento penal para esses crimes, mas além disso traz meio de investigação mais eficazes, para esses tipos de crime, e ele tenta destravar a legislação processual. Não adianta nada endurecer a pena, se o processo não funciona. Então, o processo tem que chegar a um fim em um tempo razoável", 
afirmou Moro.

De acordo com o presidente Bolsonaro, há compromisso dos presidentes da Câmara e do Senado em acelerar a tramitação da medida. "Quem decide a pauta na Câmara e no Senado são, respectivamente, o deputado Rodrigo Maia e o senador Davi Alcolumbrepor parte deles, não há qualquer objeção para a tramitação desse projeto. Se Deus quiser, brevemente teremos uma legislação que endureça a pena para quem pratica crimes graves e dificulte a progressão, a saída mais cedo depois de começar a cumprir a 
pena", assegurou.

Operação

Outro tema abordado durante a live do presidente foi a Operação Luz da Infância, de combate aos crimes de abuso sexual e exploração sexual de crianças e adolescentes, deflagrada no último dia 28 de março pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Segundo o ministro Sergio Moro, ela inaugurou uma série de operações integradas, entre governo federal e forças de segurança estaduais no combate ao crime organizado. "O que funciona é integrar as atividades da polícia, para agirem juntos em inteligência e operações contra essa criminalidade mais complexa", destacou. 


Fonte: EBC

Cem prefeitos do RN vão participar da Marcha a Brasília em Defesa dos municipios



A Confederação Nacional de Municípios (CNM) promove a XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Neste ano, o evento ocorre de 8 a 11 de abril no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. A Marcha está consolidada como o maior evento político do Brasil e este ano teve recorde de inscritos - a expectativa é de oito mil participantes. A realização conta com apoio das 27 federações de municípios estaduais, entre elas a Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte - FEMURN.

Do Rio Grande do Norte, cerca de 100 Prefeitos municipais deverão participar. No último boletim divulgado pela CNM, cerca de 80 Prefeitos já haviam feito suas inscrições, e a expectativa é que mais chefes de executivos municipais participem do encontro: "Há alguns prefeitos que optam por fazer a inscrição durante o evento, então, acreditamos que 100 Prefeitos participem da Marcha este ano", avalia o Presidente da FEMURN e Prefeito de São Paulo do Potengi, José Leonardo (Naldinho).

Segundo a CNM, A XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios será marcada pelo encontro dos municipalistas brasileiros com o novo Governo Federal e Congresso Nacional eleitos para o período 2019/2022. Por isso ela foi agendada para coincidir com os 100 dias de vigência dessa nova gestão. O evento contará com a participação do Presidente da República, Jair Bolsonaro, Ministros de Estado, Chefes de Poderes, além de deputados e senadores, que participarão de discussões sobre as pautas municipalistas. O evento também conta com vasta programação para os participantes, e, além dos prefeitos, contará com a participação de assessores e secretários municipais, e vereadores.

A principal ação na Marcha este ano é promover o diálogo e união de esforços para construir um novo pacto federativo que permita enfrentar com eficiência a necessidade de ofertar para a população brasileira mais e melhores serviços públicos, garantindo avanços no desenvolvimento social e econômico de nosso país, através de melhores repasses aos municípios.

"Falar no pacto federativo parece até repetitivo, já que é uma luta de décadas. Mas, felizmente estamos avançando, e as nossas expectativas são ótimas. O discurso do Presidente Bolsonaro de 'mais Brasil e menos Brasília', numa referência aos municípios terem que estar em Brasília cobrando, pedindo mais dinheiro para manter o básico, nos favorece, e esta edição da Marcha será uma oportunidade para grandes avanços na pauta municipalista por um todo", afirmou Naldinho.

Fonte: Com informações da Confederação Nacional de Municípios - CNM

Bolsonaro afirma que não haverá horário de verão a partir deste ano



O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira, 5, que decidiu não adotar o horário de verão este ano. Segundo ele, a decisão foi baseada em um parecer do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que aponta pouca efetividade na economia energética.

“Ele [ministro] trouxe um parecer 100% favorável ao fim do horário de verão. No parecer dele, [o horário de verão] não causa economia [de energia] para nós e mexe no teu relógio biológico, então atrapalha a economia, em parte. E só temos o que ganhar, no meu entender, mantendo o horário como está”, disse Bolsonaro, logo após participar da inauguração do espaço de atendimento da Ouvidoria da Presidência da República, no Palácio do Planalto.

No ano passado, estudos da Secretaria de Energia Elétrica (SEE), do Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apontaram que em termos de economia de energia, a medida não tem sido mesmo eficiente, já que os resultados alcançados foram próximos à “neutralidade”. O horário de verão foi criado em 1931 com o intuito de economizar energia, a partir do aproveitamento de luz solar no período mais quente do ano, e tem sido aplicado no país, sem interrupção, ao longo dos últimos últimos 35 anos.

Normalmente, o horário de verão ocorre entre outubro e fevereiro, quando os relógios devem ser adiantados em uma hora, e vigora nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

Agência Brasil

Detran é notificado de decisão judicial e suspende cobrança da Taxa dos Bombeiros no RN

Condutores não vão precisar mais pagar taxa dos Bombeiros — Foto: Igor Jácome/G1

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran) foi notificado nesta sexta-feira (5) e vai suspender a Taxa do Corpo de Bombeiros, que tem sido cobrada junto com o IPVA deste ano para o licenciamento dos veículos. O órgão informou ao G1 que a intenção é de que a taxa apareça como suspensa e deixe de ser cobrada já a partir desta tarde de sexta-feira.

O Governo do Estado já havia sido notificado através da Procuradoria Geral do Estado (PGE) no período em que a decisão judicial sobre a suspensão foi tomada pela Justiça. Nesta sexta-feira (5), a PGE se reuniu com o Detran e comunicou sobre a liminar, o que fez o órgão de trânsito decidir pela suspensão da cobrança da Taxa dos Bombeiros.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte havia determinado a suspensão da Taxa dos Bombeiros no dia 13 de março deste ano, o que atendeu um pedido do Ministério Público, ainda em janeiro. Apesar da decisão liminar, o Detran seguiu com a cobrança e alegou não ter sido notificado oficialmente. O Governo do Estado ainda pode recorrer da decisão.

A taxa cobrada era de R$ 15 para motocicletas, R$ 25 para carros de passeio, R$ 40 para coletivos urbanos e rodoviários, como ônibus e semelhantes, R$ 50 para transporte de carga não perigosa e R$ 80 para os de carga perigosa.

Alguns condutores já pagaram a taxa por conta da data de vencimento imposta no IPVA. Nesta etapa do processo, o que foi atendido está relacionado ao pedido cautelar do Ministério Público que suspende os efeitos da lei que determina a cobrança. Como o mérito da ação ainda não foi analisado pela Justiça, o contribuinte que já pagou a taxa ainda não pode pedir a devolução do valor até que a questão seja resolvida definitivamente.

Caso no julgamento do mérito a cobrança seja declarada inconstitucional, quem já pagou poderá entrar com uma ação de repetição de indébito, solicitando o reembolso.

A análise da matéria, pelo colegiado de desembargadores, ainda não tem data para acontecer, segundo o TJRN. A Taxa dos Bombeiros passou a valer em 2019 e o Estado estimava uma receita de R$ 20,4 milhões.