domingo, 8 de setembro de 2013

Belezas do Rio Grande do Norte


Ex-freira se casa com companheira após seis eses de namoro


Queremos viver juntas até morrer". Assim a ex-freira Maria Francineide Silva de Moura, de 43 anos, resumiu os planos após o casamento com a vendedora Lúcia Janaína Pinheiro, de 37 anos. As duas trocaram alianças nesta sexta-feira (6) no 2º Ofício de Notas de São José de Mipibu, cidade da Grande Natal. Com uma cerimônia simples, regada a salgados e refrigerantes, o casal comemorou a data na sede da Sociedade Terra Viva. Por hora, a ideia é permanecer morando na cidade de 40 mil habitantes. Francineide deixou a vida religiosa há mais de uma década, mas até encontrar Janaína não havia assumido a homossexualidade.

 A lua de mel estava planejada para acontecer em São Miguel do Gostoso, cidade do litoral Norte potiguar. Porém, a ida à praia paradisíaca foi adiada por questões financeiras. "Vamos ficar por aqui mesmo. A despesa do casamento apertou e decidiremos só daqui a 15 dias", explicou Francineide. Ela e Janaína ainda não têm destino definido para as núpcias.

 Potiguares de Natal e Mossoró, elas se conheceram na adolescência. Porém, a paixão entre as duas só foi descoberta quando se encontraram, há seis meses, na casa de uma amiga em comum. "A minha família foi aceitando com naturalidade depois de um tempo. Na dela, o impacto foi maior. A sociedade diz que não é preconceituosa, mas o preconceito aparece quando acontece dentro de casa ", relatou a ex-freira. Agora casadas, elas moram com a mãe de Francineide, que é cadeirante e carece de cuidados.

 Potiguares de Natal e Mossoró, elas se conheceram na adolescência. Porém, a paixão entre as duas só foi descoberta quando se encontraram, há seis meses, na casa de uma amiga em comum. "A minha família foi aceitando com naturalidade depois de um tempo. Na dela, o impacto foi maior. A sociedade diz que não é preconceituosa, mas o preconceito aparece quando acontece dentro de casa ", relatou a ex-freira. Agora casadas, elas moram com a mãe de Francineide, que é cadeirante e carece de cuidados.

 Quanto ao futuro, o casal pretende abrir uma gráfica em São José de Mipibu. Fracineide, que trabalha como professora do ensino fundamental, espera dar início aos  negócios o quanto antes. "Já fazemos serviços gráficos e temos trabalhos previstos", contou a ex-freira

 Muito mais do que o casamento, o amor de Francineide por Janaína fez a professora pôr fim à angústia de anos. "Perguntei se ela tinha coragem de casar e assumir nossa condição", diz. A companheira a fez mudar até mesmo o temperamento explosivo. "Agora estou tranquila. Ela foi tudo de bom que poderia ter acontecido na minha vida. É uma pessoa diferente para mim, que me complementa", confessou.

 Religião foi refúgio

Para a professora, a religião serviu como refúgio na juventude. "Foi uma forma de esconder minha sexualidade. Não me sentia atraída por meninos", explica. Francineide começou a se preparar para os serviços religiosos aos 16 anos. Com 29, o caminho foi o mosteiro da cidade paulista de Marília, onde ficou em clausura por três anos se dedicando às orações. "Uma hora vi que aquilo não tinha nada a ver comigo", contou.

Tema tabu quando se trata de Igreja Católica, Francineide explica que a homossexualidade não abalou suas crenças. "Acredito nos dogmas, mas não posso viver me anulando. Só busco a minha felicidade", afirmou.

PEC obriga político a cumprir promessa


A comissão especial que analisou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da responsabilidade eleitoral aprovou o substitutivo do relator, deputado João Paulo Lima (PT-PE). Pelo texto, os executivos federal, estaduais e municipais, assim como do Distrito Federal, serão obrigados a elaborar e cumprir um plano de metas construído com base nas promessas da campanha.

 Em relação à proposta apresentada na última quarta-feira (28), João Paulo Lima promoveu apenas uma modificação. Retirou da PEC os indicadores de desempenho que os chefes do Executivo deveriam utilizar na elaboração de seus planos de governo. De acordo com o parlamentar, a mudança foi parte de um acordo para garantir a aprovação do texto. Na elaboração de seu projeto, o relator utilizou as regras previstas nas PECs 10/11, do deputado Luiz Fernando Machado (PSDB-SP), e 52/11, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), e fez algumas alterações. A principal delas foi a supressão do dispositivo da PEC 10 que previa perda de mandato para o governante que não cumprir o plano de metas.

João Paulo Lima disse que, inclusive, já foi favorável à punição, mas mudou de ideia porque o País passa por um momento de judicialização da política que seria agravado com a medida. O relator acredita que a possibilidade dessa punição poderia servir para a perseguição política de adversários, que resultaria em uma enxurrada de processo na Justiça.

Apesar de contrário à mudança, Luiz Fernando Machado disse ter concordado com o relator para garantir a aprovação da proposta. No entanto, pretende voltar com a previsão de perda do mandato por meio de emenda ao texto na votação em Plenário. “O Plenário da Casa deve apreciar a possiblidade de nós termos punições para aqueles que se comprometem em campanha eleitoral, vendem sonhos, ilusões e muitas vezes não cumprem”, defendeu. O deputado Marcos Rogério (PDT-RO) também quer a punição para governantes que não cumprem as promessas de campanha. “Em algum momento vamos ter que avançar para estabelecer consequências para os descumpridores da norma”, sustentou.

Interferência

Lima também retirou do texto a possibilidade de o Legislativo alterar, por meio de emendas, o plano de metas apresentado pelo Executivo, que constava da PEC 52. Segundo o relator, a medida é inconstitucional. “O dispositivo estimula a interferência de um Poder na independência e autonomia de outro, o que é vedado pela Constituição Federal como cláusula pétrea”, sustenta.

Além disso, o relator acredita que essa previsão poderia gerar conflitos entre os poderes e uso político indevido. Lima argumenta que, caso o chefe do Executivo depare com maioria de oposição no Legislativo, essa maioria poderia usar do dispositivo para “embaraçar o mandatário eleito ou inviabilizar seu plano de metas com acréscimos inexecutáveis”.

Emenda

Ao ser apresentada, a proposta de emenda à Constituição (PEC) é analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) quanto à sua admissibilidade. Esse exame leva em conta a constitucionalidade, a legalidade e a técnica legislativa da proposta. Se for aprovada, a Câmara criará uma comissão especial especificamente para analisar seu conteúdo.

A comissão especial terá o prazo de 40 sessões do Plenário para proferir parecer. Depois, a PEC deverá ser votada pelo Plenário em dois turnos, com intervalo de cinco sessões entre uma e outra votação. Para ser aprovada, precisa de pelo menos 308 votos (3/5 dos deputados) em cada uma das votações.

Depois de aprovada na Câmara, a PEC segue para o Senado, onde é analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e depois pelo Plenário, onde precisa ser votada novamente em dois turnos. Se o Senado aprovar o texto como o recebeu da Câmara, a emenda é promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado.

Se o texto for alterado, volta para a Câmara, para ser votado novamente. A proposta vai de uma Casa para outra (o chamado pingue-pongue) até que o mesmo texto seja aprovado pelas duas Casas.

Mulher é presa em Natal ao tentar entrar em CDP com droga no cabelo

Uma mulher de 19 anos foi presa na manhã deste domingo (8) ao tentar em um Centro de Detenção Provisória (CDP) com três trouxinhas de maconha escondidas no cabelo. A droga estava dentro de um prendedor de cabelo da mulher. À polícia, ela disse que iria entregar a maconha ao companheiro, que está preso na unidade. O CDP fica em Candelária, bairro da zona Sul de Natal
.
A tentativa foi descoberta durante a revista. No prendedor do cabelo, as agentes encontraram três trouxas de maconha. Mesmo a quantidade sendo considerada pequena, ela acabou recebendo voz de prisão.

Ao ser presa, a mulher disse à polícia que levasse a droga para o companheiro preso. A mulher declarou que estava arrependida e que tinha medo de ser agredida dentro da prisão por outras presas.