segunda-feira, 9 de setembro de 2013

DER promete entregar prolongamento da avenida Prudente Morais em um mês

Se as chuvas não retornarem, a expectativa do diretor presidente do Departamento de Estradas de Rodagens (DER) do Rio Grande do Norte, Demétrio Torres é que as obras do prolongamento da avenida Prudente de Morais sejam retomadas ainda esta semana. Após a retomada das obras, a previsão é que a nova avenida Prudente de Morais seja entregue em 30 dias. A nova via tem aproximadamente 4,7 quilômetros e ligará Natal à Parnamirim, resolvendo, momentaneamente, um dos principais gargalos no trânsito na entrada da cidade. Deste trecho, pouco menos de um quilômetro ainda falta ser concluído, mas, apesar dos trechos inacabados, é comum encontrar carros e motos já trafegando pelo local.

As chuvas que caíram nos últimos meses atrasaram a entrega das obras que se arrastam há mais de três anos. O asfalto, antes mesmo de ser inaugurado, já está desgastando em vários pontos. Os dois pontos mais críticos estão sobre os dois principais viadutos, nos quais o asfalto sequer foi colocado. Próximo ao rio Pitimbu, parte do asfalto cedeu e terá que ser refeito. Ao longo da via, não há iluminação nem sinalização, bem como nenhum trabalhador no local. A expectativa é que em 30 dias isso seja providenciado.

“Realmente essa obra tem sido um calo, mas dessa semana não passa. Hoje à tarde vamos nos reunir e ainda essa semana os equipamentos estarão de volta ao canteiro de obras. Falta muito pouco. Nosso maior calo é porque as obras começaram erradas. Obra que começa sem projeto, sem licença e sem recurso só dá nisso. A Prudente de Morais é um exemplo clássico disso. Não tinha projeto, não tinha recursos assegurados para toda obra e não tinha licenças, tanto que ainda há pendências de dano ambiental que o Estado causou e ainda é réu em algumas ações. Daí preferimos parar para organizar e conseguimos organizar, mas depois disso veio a chuva e atrapalhou mais uma vez”, afirmou o diretor Demétrio Torres.

O diretor do DER/RN explicou que a obra está na fase final, período em que a chuva traz um prejuízo mais significativo, pois é a fase de acabamento do asfalto. “Essa semana reiniciaremos a obra para concluí-la de uma vez”, destacou.

Viaduto

O projeto de prolongamento da avenida Prudente de Morais prevê a construção de um viaduto em Parnamirim, na BR-101, à altura do Parque Industrial. O projeto inicial estava orçado em aproximadamente R$ 30 milhões, sendo R$ 18 milhões em desapropriações, mas foi necessário fazer alguns ajustes técnicos e houve uma redução de aproximadamente 50%. Hoje, a obra que deve ser iniciada até a segunda quinzena de outubro, deve custar aos cofres públicos cerca de R$ 15 milhões, sendo apenas R$ 3 milhões para desapropriações. A previsão é que o equipamento seja entregue a população em maio do próximo ano. Os recursos para a obra são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Copa.

“Tivemos que fazer uma significativa mudança nele. O projeto original previa grandes desapropriações e era um conceito de obras para zona Rural e não para perímetro urbano. Precisamos modificá-lo para viabilizá-lo”, destacou. Demétrio explicou que a obra já foi contratada e a empresa EIT Engenharia será a responsável pela execução. Ele acredita que até o final do mês será assinada a ordem de serviço.

O diretor Demétrio Torres considera que com a conclusão da obra de prolongamento da avenida Prudente de Morais com a entrega do viaduto de Parque Industrial, mas ressaltou que é necessária política pública séria para melhorar a mobilidade urbana, para fazer com que a cidade tenha mobilidade e um maior incentivo no transporte público coletivo.

“Os projetos de mobilidade urbana têm que ser projeto integrado. É evidente que vamos melhorar, mas ele será diluído em outros trechos. O problema de mobilidade hoje no Brasil é conseqüência de muita coisa: da facilidade da compra de transporte individual, que aumentou sensivelmente o número de veículos nas ruas, a péssima qualidade do transporte público, a maioria das cidades brasileiras não foram planejadas para essa expansão. São vários fatores. Não é apenas uma obra, uma estrada ou um viaduto que vai resolver o problema da mobilidade”, afirmou Demétrio Torres.

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