quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

RN é o estado-sede com maior número de apenados em obras

Com 145 apenados egressos do sistema carcerário trabalhando nas obras do Arena das Dunas, o Rio Grande do Norte é o estado-sede da Copa do Mundo de 2014 com o maior número de pessoas vindas do sistema prisional empregadas na construção dos estádios em todo o país. Todos eles foram encaminhados pelo programa Novos Rumos, criado pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJRN) para gerar oportunidades de ressocialização dos apenados potiguares.

O segundo estado-sede com o maior número de apenados empregados foi Minas Gerais, com 96, seguido de longe pela Bahia, com apenas 16 e pelo Paraná, com 11. Os demais não apresentaram seus dados. Com isso, o Rio Grande do Norte ficou responsável por 54% do total de vagas abertas para trabalho de presos em obra de construção dos estádios para o Mundial no Brasil, que começa no dia 12 de junho próximo.

Conforme a assessoria de comunicação do TJRN, a iniciativa surgiu por meio de um convênio firmado entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), União, Comitê Organizador, Estados e Municípios sedes da Copa 2014, que estabeleceu que 5% das vagas de trabalho criadas nas obras e serviços fossem destinadas a presos, egressos do sistema prisional, cumpridores de penas e medidas alternativas e adolescentes em conflito com a lei.

Para o desembargador do TJRN, Saraiva Sobrinho, os contratados para o quadro funcional da construção da Arena das Dunas foram aproveitados sem distinção, com direitos e deveres, e no período noturno cursaram aulas de Educação para Jovens e Adultos (EJA) e ensino profissionalizante. Eles trabalharam nas obras do novo estádio de Natal como serventes, montadores, auxiliares de serviços gerais, armadores, pedreiros, operadores de martelete e ferramenteiros.

Durante reunião do Grupo de Monitoramento do Sistema Carcerário, realizada no Plenário do CNJ na última segunda-feira, o TJRN e a Arena das Dunas foram confirmados como os melhores parceiros no programa “Começar de Novo”. O encontro tratou dos presos empregados, por meio de convênios, nas obras da Copa quando foram anunciados o Estado homenageado e a empresa empregadora.

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