sábado, 15 de fevereiro de 2014

Maurílio afirma existir policiais no crime e cobra mais seriedade no exercício da profissão

O “Xerife”. Durante anos, foi assim que ficou conhecida uma das figuras mais marcantes do cenário policial potiguar. O eterno delegado Maurílio Pinto de Medeiros, 73, está aposentado há cerca de dois anos, após se dedicar quase cinco décadas de vida à Polícia Civil potiguar. Desse tempo, durante 21 temporadas, ocupou os mais altos postos da instituição, inclusive os de subsecretário e secretário adjunto de Segurança Pública.
Mas, apesar de ter se afastado do trabalho e das sequelas de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido há cerca de 15 anos, o que lhe tirou parte dos movimentos do lado esquerdo do corpo, ainda aparenta a mesma seriedade dos tempos em que intimidava os bandidos do Estado apenas ao fazê-los ouvir seu nome.
Em sua casa, no escritório que acabou sendo transformado em seu novo gabinete, o “Xerife” recebeu a reportagem d’O Jornal de Hoje para uma longa conversa. Reconheceu a influência do tráfico de drogas no grande número de assassinatos no Estado; lamentou existir policiais envolvidos com a marginalidade; e reconheceu ter realizado escutas consideradas “ilegais” pelo Ministério Público. “Só fiz ajudar a população e a Justiça na solução de diversos crimes”, completa.
“Eu sou uma pessoa que me dediquei de corpo e alma à Polícia, deixando inclusive minha família em segundo plano. Eu costumo dizer que casei duas vezes, uma com minha mulher e outra vez com a Polícia, e os dois em 1964. Mas a minha vida foi a Polícia”, disse Maurílio Pinto. Leia, abaixo, um pouco mais sobre essa relação que dura até hoje.

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