A eleição deste ano no Rio Grande do Norte poderá refletir diretamente em grandes mudanças na principal Casa legislativa municipal do Estado. Na Câmara Municipal, quase 30% dos vereadores estarão na disputa por um cargo de deputado estadual ou federal.
Por outro lado, na própria Assembleia outro fato curioso: dos 24 deputados estaduais, apenas dois poderão não disputar a reeleição. Presidente estadual do PMN, o deputado Antonio Jácome tentará uma cadeira na Câmara Federal e já confirmou a postulação.
Na bancada estadual, a única dúvida sobre o projeto político se concentra com a deputada estadual Gesane Marinho. Descontente com o fato do seu partido, o PSD, não ter se coligado na proporcional com o PT, a parlamentar ainda não se definiu se será candidata a reeleição.
No entanto, independente da candidatura de Gesane Marinho, os 23 deputados estaduais que se colocam para a reeleição trazem um quadro partidário diferente do que foi eleito há quatro anos. Com a criação de três novos partidos nesse período, a disputa que se coloca para os parlamentares mostram legendas recém-criadas fortalecidas para a disputa a releeição e outras com pouca representação.
Um desses casos é o PR, legenda presidida pelo deputado federal João Maia. O partido saiu da eleição de 2010 com dois deputados estaduais, chegou a ter três, com a convocação de Kelps Lima, que era primeiro suplente e entrou na vaga de Poti Júnior (PMDB), que foi para vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Mas hoje o PR se coloca com apenas um candidato a reeleição. Isso porque um dos eleitos, o deputado Vivaldo Costa, filiou-se ao novato PROS e Kelps assumiu o comando do Solidariedade, partido também novato.
Situação diferente é a do PROS, que chega para disputa estadual com cinco candidatos a reeleição (os deputados Ricardo Motta, Gilson Moura, Raimundo Fernandes, Vivaldo Costa e Gustavo Carvalho).
Mudança também nos quadros do PSB, partido presidido no Estado por Wilma de Faria. A legenda elegeu há quatro anos quatro deputados, mas chega para disputar reeleição com apenas três (Larissa Rosado, Márcia Maia e Tomba Farias), isso porque Gustavo Carvalho migrou para o PROS.
Na linha dos novos partidos, a primeira disputa estadual do PSD, partido do vice-governador Robinson Faria, envolverá um ou dois candidatos a reeleição. Afora a Gesane Marinho, que ainda não se definiu, o deputado José Dias já confirmou que buscará continuar na Assembleia Legislativa.
O PMDB, presidido pelo deputado federal Henrique Eduardo Alves, elegeu em 2010 cinco deputados estaduais, mas vai para disputa com apenas três postulantes a reeleição (Hermano Morais, Walter Alves e Nelter Queiroz), já que o quarto, Poti Júnior, durante esse mandato, foi indicado para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.
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