quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Hospital Walfredo Gurgel “sequestra” macas do Samu e deixa pacientes em corredores


As macas nos corredores não deixaram de ser a tônica do atendimento no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Seja de ambulâncias do Samu ou da própria unidade hospitalar, um número considerável de pacientes continuam a ser atendidos de forma improvisada. É o que acontece com o pai do motorista Marcelo Marques.
No domingo passado, o senhor de 55 anos teve um acidente vascular cerebral. Levado para o Walfredo Gurgel, teve a indicação para usar um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Mesmo depois de o filho Marcelo Marques iniciar um processo judicial para ter direito a UTI, o pai continua internado sobre uma maca.
“Não é uma maca do Samu porque o menino daí conseguiu uma, mas é do mesmo estilo”, contou o motorista. Outro problema que não cessou foi a falta de insumos. Na manhã desta quinta-feira (21), Marcelo teve que comprar um coletor de urina porque o hospital não tinha. “Por causa da falta disso aqui [coletor] ele pode ter uma infecção urinária”, reproduziu o que os médicos falaram. O coletor custou R$ 28,00. Segundo ele, até luvas cirúrgicas estão em falta no Walfredo Gurgel.
De acordo com o acompanhante, hoje pela manhã havia cerca de 50 pacientes em um dos corredores do principal hospital do Rio Grande do Norte. Para comprovar seu depoimento, Marcelo Marques fez um registro fotográfico com o celular e cedeu à nossa equipe de reportagem.

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