sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Desvios em Macau chegam a R$ 2,5 milhões, diz MP


Os desvios de recursos públicos em Macau, município do litoral potiguar, devem ser superiores a R$ 2,5 milhões, de acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Norte. Em coletiva de imprensa nesta manhã (13), o MPRN apontou os indícios de irregularidade em contratos da prefeitura, identificados pela Operação Maresia. Mandados de prisão foram cumpridos em Natal, Parelhas, Parnamirim e Macau.

O afastamento do prefeito do município, Kerginaldo Pinto, foi autorizado pela desembargadora Judite Nunes hoje. O prefeito é acusado de falsificar uma portaria para embasar o habeas corpus do ex-prefeito Flávio Veras, preso em 2014.

Segundo o coordenador jurídico do MP, promotor Afonso de Ligório, a portaria foi confeccionada em 17 de março, mas com data retroativa a 12 de novembro. No documento, Flávio Veras e os investigados pela operação Máscara Negra, de 2012, são impedidos de adentrar na administração municipal. Com a portaria falsificada, foi possível embasar o habeas corpus de Veras, obtido em março. O MP estuda se é possível uma nova medida legal contra Veras.

"A portaria incidiu o TJ a erro", pontuou Ligório. Além da falsificação, o prefeito também é acusado de manter pagamentos irregulares a empresas de limpeza pública. Em julho, o TCE havia identificado irregularidades nas medições da prestação do serviço, determinando a redução do valor do contrato de R$432 mil para R$319 mil. Entretanto, o prefeito manteve o pagamento líquido, sem efetuar descontos.

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