terça-feira, 24 de maio de 2016


Para o cientista político Daniel Menezes, o Rio Grande do Norte já é palco de uma ‘competição silenciosa’ por parte de políticos que almejam assumir as duas vagas de senador que estarão sendo disputadas nas eleições de 2018. No pleito, ainda futuro, estarão disponíveis as cadeiras dos senadores José Agripino (DEM) e Garibaldi Filho (PMDB). Diante da dupla de decanos da política potiguar, Menezes avalia que Agripino é detentor de uma situação mais frágil, podendo ter ‘mais trabalho’ para se reeleger, caso decida concorrer novamente ao cargo.

“Em decorrência da forma como ele alcançado por algumas operações. Ele também já começa a ser alcançado por algumas ações do STF, também pela própria Procuradoria-Geral da República, e ele – nesses últimos anos – perdeu bases importantes no Rio Grande do Norte. Há uma entendimento que Garibaldi consegue renovar o mandato ou manter a cadeira dentro do seu grupo político, ao passo que José Agripino vai ter uma maior dificuldade”, analisa o cientista.

Diante do cenário, Daniel Menezes pontua que outros grupos políticos já iniciam o trabalho de articulação em torno de possíveis candidatos ao Senado Federal. O cientista elenca nomes que já têm buscado a construção de capital político com vias à disputa eleitoral. “Há pelos menos três nomes que já começam a trabalhar, alguns mais abertamente e outros mais nos bastidores. Temos uma forte atuação do presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira, a ação do presidente do Tribunal de Justiça, Cláudio Santos, ao fazer um empréstimo ao governo estadual para a construção de um presídio, deixou claro que ele almeja essa vaga. Corre por fora o vice-governador Fábio Dantas, que fala que não quer, mas no bastidor, a informação é de que ele teria interesse de participar desse pleito em 2018”, comenta Daniel Menezes.

“Essas três pré-candidaturas devem ser levadas em consideração porque ajudariam a compreender como é que esses agentes estão atuando. A competição será positiva nesse aspecto”, complementou.

Briga interna
“Só entende a ação de Cláudio Santos, por exemplo, se procurar compreender a forma como isso se insere politicamente no cenário do Rio Grande do Norte. Ele comprou uma briga interna dentro do Tribunal de Justiça ao fazer esse empréstimo porque a Associação dos Magistrados do RN entendeu que esses R$ 20 milhões poderiam ser empregados na reforma de fórum, na aquisição de equipamentos, ou seja, ele comprar uma briga interna diante da possibilidade de galgar novos postos na política estadual”, destacou o cientista política.

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