sábado, 14 de abril de 2018

Contra ameaça química, Trump dobra número de mísseis disparados na Síria

Míssil sendo lançado: Mísseis foram disparados contra a Síria nesta sexta-feira

Questionado se os Estados Unidos podem garantir que o bombardeio contra a Síria livrará a população do país de ataques com armas químicas, o Secretário de Defesa americano, James Mattis, classificou a operação anunciada na noite desta sexta-feira como "pesada".

O ataque militar é o segundo coordenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra o regime do presidente sírio Bashar al-Assad em pouco mais de um ano.

Além de armamento mais pesado, os Estados Unidos tiveram desta vez o apoio das forças armadas do Reino Unido e da França, cujos presidentes fizeram coro sobre a necessidade de "eliminar o uso de armas químicas" em território sírio.

Segundo o Pentágono, os EUA usaram "em torno do dobro" da quantidade de armas empregadas no último bombardeio contra a Síria, em 6 de abril de 2017. Na ocasião, navios de guerra americanos lançaram 59 mísseis Tomahawk contra uma base aérea em Shayrat, deixando 7 militares e 9 civis mortos, segundo o governo sírio.

O primeiro ataque militar conduzido por Trump aconteceu no dia seguinte às mortes de 80 sírios, no que foi considerado um ataque químico conduzido pelo governo al-Assad e aliados.

O bombardeio foi um dos raros momentos em que o presidente americano recebeu elogios de opositores democratas e da imprensa - o jornal New York Times chegou a publicar na época um editorial sobre o "acerto" de Trump na empreitada.

Uma das principais críticas a Barack Obama, antecessor de Trump, foi sua hesitação em autorizar intervenções militares contra a Síria durante um momento de fortalecimento do grupo autodenominado Estado Islâmico.

Críticos, de outro lado, apontaram que a escalada militar seria uma forma de desviar a atenção dos americanos para problemas domésticos de Trump, da aprovação de projetos como o muro na fronteira com o México às investigações sobre um possível conluio com russos nas eleições presidenciais.

O novo ataque também responde a evidências de ataque químico, dessa vez na cidade síria de Douma, na semana passada.

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