quarta-feira, 18 de abril de 2018

Polícia Civil apura, pelo menos, 128 homicídios cometidos por milicianos em Ceará-Mirim

Operação Limpidare foi realizada pela Força Nacional, com apoio da Polícia Civil e Ministério Público nesta terça-feira (17), em Ceará-Mirim (Foto: MP/Divulgação)

Força Nacional, a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio Grande do Norte deflagraram, nesta terça-feira (17), a sexta fase da Operação Limpidare, na cidade de Ceará-Mirim, região metropolitana de Natal. O objetivo da ação investigativa foi prender pessoas envolvidas em assassinatos ocorridos no município metropolitano e cidades vizinhas. Até o momento, segundo a Polícia Civil, foram abertos 109 inquéritos policiais, que apuram ao menos 128 homicídios cometidos pelo grupo investigado.

As informações são do diretor da Divisão Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Marcos Vinícius. Ele só não soube delimitar um período para os homicídios, mas confirmou que parte deles ocorreu após a morte do sargento Jackson Sidney Botelho, em 20 de fevereiro do ano passado, em Ceará-Mirim.

O assassinato do policial militar desencadeou uma série de outras execuções no município. De acordo com o Ministério Público, após a morte de Botelho, "o que se viu foi um verdadeiro e trágico banho de sangue, resultando nas mortes brutais de pelo menos 12 pessoas em pouco mais de 48 horas". Até o momento, quatro denúncias foram apresentadas e 16 pessoas foram indiciadas por participarem do grupo de extermínio.


"Ocorreram, até então, já nesta sexta fase da operação, 21 mandados de prisão cumpridos com quatro denúncias. Essas denúncias representam também um total de 16 pessoas denunciadas com envolvimento direto nos homicídios alí ocorridos [em Ceará-Mirim]", disse o delegado Marcos Vinícius, que complementou: "Esperamos realizar mais prisões no decorrer dos próximos meses".

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