sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Juíza que faz campanha contra Bolsonaro terá de se explicar ao corregedor



O engajamento político da magistrada Kenarik Boujikian durante estas eleições levou o corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, a determinar a instauração, de ofício, de pedido de providências contra a juíza substituta em 2º grau do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O corregedor quer explicações a respeito das manifestações públicas de Boujikian vedadas a magistrados em seu perfil do Facebook.

A juíza tem se manifestado contra a candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PSL) desde o 1º turno, elogiando a campanha “Ele não”; criticou publicamente a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux de proibir a Folha de S. Paulo de entrevistar o ex-presidente Lula; e publicou foto recente elogiando a reeleição do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Humberto Martins justifica que a proibição é prevista na Constituição Federal, artigo 95, parágrafo único, III; na LOMAN, artigo 36, III; no artigo 2º do Provimento 71/2018 da Corregedoria Nacional de Justiça. E já havia alertado sobre a conduta vedada em nota de recomendação feita pelo corregedor, no último dia 5 de outubro, quanto às Eleições de 2018.

A Corregedoria Nacional de Justiça deu à magistrada terá 15 dias para apresentar esclarecimentos sobre suas manifestações.

O Diário do Poder tentou contato pelo Facebook com a juíza Kenarik Boujikian e está à disposição para publicar seu posicionamento.

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