terça-feira, 26 de março de 2019

Líder do PSL no RN defende que Bolsonaro use mais o porta-voz



O presidente do PSL no Rio Grande do Norte, coronel aviador Hélio Oliveira, defendeu que o presidente Jair Bolsonaro utilize mais a figura do porta-voz do governo, general Otávio do Rêgo Barros, para fazer comunicações oficiais, em vez de recorrer ao Twitter para anunciar ações de sua administração.

Para Hélio, Bolsonaro deve continuar a utilizar as redes sociais para se manifestar, mas utilizando cada vez mais Rêgo Barros como porta-voz. “A gente sabe como é o dia a dia de um presidente. Muitas vezes ele não tem como parar para dar uma entrevista, uma mensagem. Aí entra a figura do porta-voz, que ele não tinha (na campanha eleitoral)”, afirmou.

Na opinião do coronel aviador, o porta-voz da Presidência é o canal apropriado para a maioria das comunicações oficiais. “Eu acredito que esse seja o canal. No afã do combate, as pessoas falam aquilo que vem à mente. E as pessoas não estão acostumadas com o presidente da República falar naquele tom”, frisou.

Apesar disso, o correligionário não acredita que o presidente deve mudar seu estilo de comunicar. Bolsonaro tem sido criticado por usar o microblog Twitter para publicar mensagens polêmicas ou indevidas e também pelo pouco engajamento em assuntos relevantes de seu governo, como a proposta de reforma da Previdência que está no Congresso.

“Foi o perfil da campanha dele: o pronunciamento via redes sociais. Ele fala aquilo para o qual os eleitores o elegeram. No programa de governo dele, está a defesa do valor, da ética, da moral, da honra, das famílias. Eu acredito que ele está falando para o eleitor dele”, complementou Hélio Oliveira, em referência ao episódio em que Bolsonaro postou no Twitter, em tom crítico, vídeo com atos obscenos praticados durante o Carnaval de rua em São Paulo.

O presidente do PSL potiguar questionou, ainda, as críticas feitas às mensagens publicadas por Bolsonaro. “Indevidas por que ou para quem? Ele falou de um ato que ele não concorda, que é o Carnaval desvirtuado. Já que (na campanha) ele defendeu o direito à família, aos costumes, ele não poderia ir e falar que não concorda? Eu acho que ele deve continuar a falar as mesmas coisas”, emendou.

Hélio Oliveira comentou também sobre a cobrança no Congresso Nacional para que o presidente se empenhe mais na reforma previdenciária. Segundo o coronel aviador, não é papel de Bolsonaro, e sim de sua equipe de ministros e base governista na Câmara e no Senado, fazer “articulação”. “Política é discussão, é conversar e tratar as diferenças para atingir os objetivos comuns – concordou. Agora, pedir para ele articular pessoalmente? O presidente não tem esse papel”, encerrou.

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