quarta-feira, 4 de setembro de 2019

SuperFácil Rodoviária: Nordestão amplia interesse pelos “atacarejos”



Depois das pré-inaugurações para jornalistas, nesta terça-feira, 3, e para fornecedores na quarta-feira, 4, o novo “atacarejo” da rede Nordestão – o SuperFácil – abre para o público nesta quinta-feira, 5, obedecendo o mesmo receituário de investimentos que vem marcando o bem sucedido grupo potiguar do varejo nos últimos 47 anos – mesmo que demore, faça bem feito.

Mal saído da inauguração de seu nono supermercado em Natal – na Engenheiro Roberto Freire, a menos de um quilômetro de outra loja da rede na mesma avenida – a família que controla o negócio abre o segundo “atacarejo” estrategicamente localizado a poucos metros da rodoviária, na Avenida Mor Gouveia.

Ou, como explica o presidente do grupo, Leôncio Etelvino de Medeiros Filho, “exatamente onde queríamos estar”, quer dizer, “perto da Ceasa e do pequeno comerciante; perto de quem vem do interior para as compras; perto daquele sujeito que dá duro no seu pequeno negócio, que às vezes nem tem empregados ou tempo a perder e vai ele mesmo escolher as mercadorias para a sua lojinha, seja um bar ou armazém”.

Numa rara entrevista, que acontece só quando o Nordestão inaugura uma loja nova, Leôncio, depois de alguma insistência dos repórteres, confirmou que a empresa pensa, sim, num novo “atacarejo”, desta vez na Zona Norte de Natal. Não disse quando e muito menos onde.

Mas sinalizou para o interesse da família no modelo que se define pelo atacado de alto serviço, no qual os itens à disposição são a metade do disponível num supermercado tradicional, e se afigura como o futuro desse negócio.

Com foco nas duas clientelas – a do atacado e do varejo – o SuperFácil da Rodoviária, como foi batizado para efeitos de divulgação – é o aperfeiçoamento da loja da mesma linha em Emaús, inaugurada em 2012, aproveitando a estrutura do centro de distribuição.

“Desta vez fizemos a estrutura toda pensando em tudo, desde a sustentabilidade com placas fotovoltaicas fornecendo 60% da energia, que é toda ela adquirida no mercado livre, até as baixas refrigeradoras que evitam o choque térmico dos produtos resfriados para exposição”, lembra Leôncio.

Com uma área construída de 18 mil m², dos quais 5 mil m² são dedicados inteiramente à área de vendas, o resto foi pensado em proporcionar uma boa logística para a movimentação de produtos e, é claro, estacionamento rotativo para 400 veículos.

Com 7.500 produtos à disposição – metade do que há num supermercado da rede -, o SuperFácil pode não ter a variedade de cortes do açougue de uma loja tradicional, mas, com custos mais reduzidos, pode operar com uma margem de lucro inferior e, por conseguinte, preço final mais baixo para o consumidor.

Mesmo assim, Leôncio – que não fala do tamanho do investimento – adianta que o grupo vai demorar oito anos e meios para pagá-lo, mais do que um empreendimento hoteleiro. Quando os jornalistas insistem sobre o custo, Leôncio responde: “Perguntem ao Banco do Nordeste”.

 Hoje, as 11 lojas da rede Nordestão – não incluindo a que será inaugurada nesta quinta-feira, recebe em média 1 milhão de clientes por mês e mantém uma série de ações de responsabilidade social. De milhares de fornecedores, 200 são locais e os empregos formais da rede são expressivos: são 4.300 diretos, aí sim incluindo a loja a ser inaugurada nesta quinta.

Fundada em setembro de 1972 por Leôncio Etelvino de Medeiros, pai, a empresa possui, além das lojas de varejo, o seu Centro Administrativo e Logístico em Parnamirim, onde funciona a direção da empresa e os setores administrativos.

Cartão da rede já tem 14 mil cadastros em 10 dias

Quase três semanas depois de relançar seu cartão próprio no mercado, o Nordestão já tem 14 mil usuários cadastrados, dos quais 3.200 já o carregam na carteira neste momento. Com limites de crédito que variam de R$ 350,00 a R$ 25 mil, abrange tanto a pessoas físicas como jurídicas.

Enquanto a bandeira Visa atende aos clientes-empresas, as bandeiras Master e Tricard se dedicam às pessoas físicas, com as mesmas taxas praticadas pelo mercado, mas com diferenciais como os benefícios de milhas e podendo dividir compras com alimentação em três vezes e bazar em até seis vezes.

Depois de se desvencilhar de seu contrato com o Itaú, o Nordestão ficou dois anos sem um cartão próprio até concluir, em fins do ano passado, um namoro de cinco anos com a Tricard, braço financeiro do Grupo Martins, maior atacadista da América Latina com 65 anos de existência.

Segundo Roberto Dias, gerente de área da Tricard para o RN, Ceará e Piauí, bons parceiros com o Nordestão têm permitido ao grupo Martins crescer 20% ao ano, a despeito da crise econômica que assola o País nos últimos anos.

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