sábado, 28 de setembro de 2013

Queda no número de doações de órgãos deixa pelo menos 170 pacientes na fila de espera no RN

Uma decisão importante, em um momento de extremo sofrimento, pode ajudar a salvar a vida de dez pessoas, em alguns casos. Detectada a morte encefálica, quando o cérebro para de funcionar, a família se vê diante de dilema, em meio a dor da perda do ente querido, e tem dois caminhos a seguir: pedir para desligar os aparelhos e sepultar o familiar ou decidir deixar aproveitar os órgãos para que a vida do paciente continue, de uma certa forma, em outras pessoas, salvando e melhorando a condição de vida de outra. Essa decisão tem que ser tomada nas primeiras horas após o anúncio da morte encefálica, o que aumenta a chance de captação dos órgãos.

A decisão de doar os órgãos pode ajudar zerar uma fila angustiante e penosa, que pode durar meses, e em alguns casos os pacientes sequer aguentam esperar a sua vez. Atualmente, no Rio Grande do Norte há, pelo menos, 170 pessoas à espera de órgãos, sendo que 85 à espera de transplante de córnea, 83 esperando por um rim e dois na fila por um transplante de fígado. Isso sem contabilizar os pacientes que necessitam de transplante de coração e de medula óssea. Essa fila varia diariamente. Os casos mais graves são os pacientes que precisam de transplante de fígado e de coração, que pela gravidade dos casos, muitas vezes, morrem sem sequer realizar o transplante.

A demora na captação de órgãos acontece, quando o paciente tem a morte cerebral comprovada, mas não comunicou a família o desejo de ser um doador de órgão. Em 2012, o Estado conseguiu 192 doadores de múltiplos órgãos. Este ano, até o mês de agosto, apenas 31 doações de múltiplos órgãos foram realizadas. Diante da queda no número de doadores, o Ministério da Saúde, a cada ano, intensifica as ações de sensibilização com uma semana dedicada à doação de órgãos, que termina neste domingo (29), para reverter esse quadro.

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