segunda-feira, 7 de abril de 2014

Cercada de mistério e muito confiante, Wilma tem ‘cartas na manga’ para ser governadora

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves, manteve uma conversa com o presidente do PSB, pré-candidato a presidente da República, Eduardo Campos. Na pauta, o apoio do PSB no Rio Grande do Norte a sua candidatura a governador do Estado. Teria ficado combinado que Wilma escreveria uma carta a Campos, solicitando a liberação do PSB para a aliança com o PMDB no Estado. A carta é mais um capítulo na novela em que já se transformou a possibilidade de aliança do PSB com o PMDB no Rio Grande do Norte. Bem semelhante, de resto, no caso da carta, ao episódio que culminou, em 2002, com a desistência de Wilma de compor com o PMDB e lançar-se candidata ao governo do Estado, se elegendo a primeira governadora do Estado.
Na oportunidade, uma carta de Miguel Arraes, então presidente nacional do PSB, deu discurso para que Wilma deixasse de apoiar o projeto do PMDB, para justificar a candidatura de Wilma ao governo. A carta foi encomendada por Wilma aos então pessebistas Rogério Marinho e Renato Dantas, que foram a Arraes em busca da dita missiva. Diz-se que até três versões da carta foram redigidas, até sair a de teor ideal. Com a carta de Arraes em punho, Wilma alegou “mudança de cenário”, renunciou à Prefeitura de Natal e se tornou a primeira mulher a governar o Rio Grande do Norte.
O histórico político da ex-governadora Wilma de Faria é recheado de golpes de mestre e da sorte. Certa feita, prefeita de Natal pelo PDT, deixou de apoiar a candidatura de Leonel Brizola (PDT) a presidente da República para votar no metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A postura rendeu a ela a saída do PDT, significando, de resto, a ida dela para o PSB, onde permanece até hoje.

Nenhum comentário:

Postar um comentário