quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Ao completar 415 anos, Natal tem 11,6% de pessoas nascidas em outros estados


Invadida pelos americanos durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a Natal contemporânea agora tem vários sotaques. Paraibanos, pernambucanos, cariocas, paulista e gringos em menor escala já fazem parte das estatísticas populacionais da capital potiguar  pelo IBGE.   

Os últimos dados disponíveis sobre população residente  do IBGE (2010) apontaram 803.739 habitantes em Natal. Desse total, 93.523 (11,6%) não nasceram no Rio Grande do Norte.   

Das pessoas que constaram nos registros de migração do IBGE  em 2010, havia na capital do Estado 1.512 estrangeiros que correspondiam a 0,2% da população. Outras 214.026 residentes em Natal  nasceram em municípios do Estado.    

“Podemos dizer que aproximadamente 62% da população que reside em Natal é natural da cidade e o restante são migrantes, sendo que a maioria desses migrantes é oriunda do interior do Rio Grande do Norte”, sintetiza o superintendente do IBGE/RN, José Aldemir Freire.   

 Pelos números do IBGE, a população que veio de fora é da Paraíba (25.339), de Pernambuco (13.867), do Rio de Janeiro (12.290), de São Paulo (10.268) e do Ceará (8.323).    

A população de Natal aumentou em 95.963 pessoas em dez anos (2004/2010). Segundo dados do IBGE, o número de habitantes passou de 766.081 para 862.044, uma taxa de crescimento anual de 1,19% no período.   

O crescimento demográfico da população da capital, aponta José Aldemir Freire, foi ligeiramente abaixo do Estado (1,41%). Por causa disso, a participação de Natal na população do RN caiu de 25,9% em 2004 para 25,3% em 2014.   “O menor crescimento de Natal em relação ao RN e a perda de participação da cidade na população estadual se deve ao fenômeno da metropolização da nossa cidade”, analisa Aldemir Freire.    

No entorno de Natal, especificamente Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Macaíba se concentraram boa parte do crescimento demográfico da Região Metropolitana.    

Em Natal, o crescimento demográfico tem se concentrado em dois espaços principais: as zonas Oeste e Norte. Segundo o superintendente do IBGE, os apontam para uma necessidade de políticas no âmbito metropolitano, sobretudo, no que diz respeito à mobilidade urbana e políticas e moradia.    

 Natal é a sexta maior capital do Nordeste. Mas, a análise demográfica das capitais não pode ser feita isoladamente. “Tem que se levar em consideração a Região Metropolitana na qual ela está inserida”, explica Aldemir Freire.    

A Região Metropolitana de Natal é a quarta maior do Nordeste, atrás das de Recife, Fortaleza e Salvador. Natal,  considerando-se o crescimento demográfico, seguiu razoavelmente o padrão das demais capitais nordestinas. Cresceu menos que as menores que ela e mais em relação às maiores. 

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