terça-feira, 24 de março de 2015

Alvo das rebeliões, diretora diz que Alcaçuz parecia shopping: “Não havia limites”


Durante os sete dias de crise no sistema penitenciário do Rio Grande do Norte – começou no dia 11 e terminou no dia 18 de março – a principal reivindicação dos detentos que participaram dos motins e rebeliões era a saída de Dinorá Simas da diretoria da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior unidade prisional do RN, que fica no município de Nísia Floresta, Grande Natal. Entretanto, mesmo diante da situação, Dinorá se negou a entregar o cargo. Agora, com a situação se acalmando, ela resolveu abrir o jogo e falar das dificuldades e de sua história de trabalho diário com alguns dos criminosos mais perigosos do Estado.
Dinorá, que é natural da cidade de Grajaú, no Maranhão, trabalha há 13 anos no sistema prisional do Rio Grande do Norte. Ele começou como agente penitenciária no Complexo Penal Dr. João Chaves, foi diretora do CDP da Ribeira e também titular da Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape). Em Alcaçuz, a primeira oportunidade aconteceu em 2012, quando se tornou a primeira mulher a assumir o comando da unidade. Apesar de ter enfrentado diversos problemas ao longo dos anos, nada se comparou ao que ela teve que encarar nas últimas semanas: os dias de rebeliões e motins em 16 presídios potiguares, além de cinco ônibus queimados em Natal por ordem dos detentos. Tudo isso tendo como uma das principais reivindicações a saída de Dinorá da diretoria de Alcaçuz.

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