domingo, 12 de abril de 2015

Segurança no governo Robinson Faria vai de mal a pior, Em uma semana após a fuga de 32 presos, 2º túnel é encontrado em Alcaçuz


Mais um túnel foi encontrado na Penitenciária Estadual de Alcaçuz no pavilhão 3 – o presídio é o maior do Rio Grande do Norte. De acordo com a diretora da unidade prisional, Dinorá Simas, o diâmetro da entrada desse túnel tinha aproximadamente 50 centímetros, largura suficiente para a fuga de presos. A revista em que os agentes encontraram o buraco ocorreu na manhã da sexta-feira passada, mas só ontem a descoberta foi divulgada. Segundo Dinorá, não houve fugas.  Na madrugada da segunda-feira desta semana, os presos conseguiram realizar a segunda maior fuga da história de Alcaçuz. Na ocasião, 32 presos fugiram por um túnel aberto no pavilhão 2.

“A revista foi mais estrutural mesmo. De material ilegal, nós só encontramos uma faca artesanal, uns pedaços de ferro. Também encontramos um túnel no pavilhão 3”, contou Simas. Apesar da crise no sistema, a escala continua a ser composta por apenas seis agentes penitenciários. No momento da revista, o Batalhão de Choque  da Polícia Militar também colaborou para manter os presos sentados apenas em uma região do pátio. Na quinta-feira, os agentes haviam entrado no pavilhão, mas  para vistoriar a área interna (celas e corredores). Enquanto isso, os presos ficaram no pátio.  Conforme a direção do presídio, o buraco achado no pavilhão que abriga 166 presos já foi tapado.

De acordo com a presidente do Sindicatos dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte (Sindasp), Vilma Batista, a situação também É grave em outras unidades prisionais. “Não é só Alcaçuz não. As outras unidades estão só pela misericórdia. No PEP (Presídio Estadual de Parnamirim), tem mais de 600 presos para três agentes de plantão”, ressaltou. Ela lembrou que muitos Centros de Detenção Provisória (CDPs), onde o número de agentes é bem reduzido,  funcionam em prédios onde antes eram casas. Na próxima sexta-feira, o decreto (25.017/2015) de calamidade pública no sistema prisional do Rio Grande do Norte completa um mês. Uma das medidas previstas era a contratação de agentes penitenciários no mais recentes concurso público. Segundo Vilma Batista, há 34 agentes nessas condições à espera da nomeação. 

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