sábado, 30 de maio de 2015

Aedes: um mosquito e três doenças


Chikungunya e o zika vírus entraram no território brasileiro, entre 2014 e este ano, mas ainda hoje é de difícil definição até mesmo  depois de um atendimento médico. Para as autoridades de saúde pública, o importante é saber que essas duas novas doenças circulantes no Brasil são “primas” da dengue porque têm o mesmo transmissor: o Aedes aegypti. A zika já infectou, no mínimo, 18 pessoas no Rio Grande do Norte, quadro confirmado por exames.  Mesmo com milhares de casos suspeitos de chikungunya no Estado, até agora nenhum deles foi comprovado em laboratório. Nesse caso, especialistas cogitam a possibilidade de um manejo incorreto das amostras de sangue que seguiram para laboratórios de referência fora do Estado, já que a realidade nos pronto-atendimentos é diferente.  

Não é raro encontrar  relatos de pessoas que ficaram,   em média, por uma semana com os sintomas característicos de chikungunya: dores e inchaços nas articulações. Esses dois sintomas associados à febre e moleza no corpo já geram as suspeitas da doença originária da Tanzânia. 

A dona de casa Gisoneide Gomes de Lima,  48 anos,   que semana passada abriu as portas de sua casa para nossa equipe de reportagem, também apresentou esses sintomas. “Já tive dengue duas vezes, mas faz umas semanas que eu tive uma doença que inchou minhas juntas e eu não podia nem fechar os dedos de tanta dor”, descreveu a moradora. 

Segundo ela, o médico que a atendeu não deu o diagnóstico com precisão, mas fez a recomendação para tratamento dos sintomas. “Passou um remédio e mandou tomar bastante água e suco”, contou. Não custa lembrar que o tratamento de zika, chikungunya e dengue é idêntico: uso de paracetamol e intensa hidratação. 

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