quarta-feira, 20 de maio de 2015

PSDB promete massacrar Lula, Dilma e PT em propaganda na TV

Se tudo sair como alardeado, a propaganda que o PSDB leva ao ar nesta terça-feira em rede nacional será o maior petardo de um partido opositor a um governo em tempos recentes. Não se trata de candidato batendo em candidato em época de eleição. Trata-se de um partido com governadores e prefeitos eleitos acusando de “roubo” um ente da federação e sua sigla.
“O Brasil precisa saber definitivamente quem roubou, quem mandou roubar e quem, sabendo de tudo, se calou ou nada fez para impedir”, dirá o senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente da legenda, na TV.
O ex-presidenciável, que brigou cabeça a cabeça pela Presidência na última eleição, dá sinais de que, até 2018, fará todos os esforços para ver a presidenta Dilma Rousseff sangrar em seu segundo mandato.
O alvo, porém, não é ela, mas quem veio antes e pode vir depois dela: Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a Folha de S.Paulo, o ataque ao ex-presidente partirá de outro ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso. Ele dirá na TV que os problemas da atual gestão começaram no mandato anterior.
A briga remonta às disputas pelo Planalto em 1994 e 1998, e toda a vaidade que envolve o histórico e a rivalidade entre os dois. Quando for ao ar, FHC não será a memória de uma gestão que também sangrava após a reeleição. Não será o presidente acusado de estelionato eleitoral, da desvalorização negada e encadeada do real, da suposta compra de deputados para se reeleger, das privatizações, do caso Sivam.
Para parte do eleitorado, que hoje rescreve o passado tendo como ponto de partida 2002, FHC é a ponte entre um país que funcionava e outro que deixou de funcionar. Balela, mas a ausência de memória e de interesse histórico é a benção de quem atribui a volta dos valores republicanos ao retorno do Rei Sebastião. Esta, porém, é outra história – e nela cabe o presente de uma sigla com seus vidros, coronéis, telhados e pancadaria contra manifestantes e professores.

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