quarta-feira, 3 de junho de 2015

"Desgoverno de Robinson Faria": Situação de Casas do Estudante é cada vez pior


Em plena semana de provas, as casas do estudante (feminina e masculina) de Natal tiveram sua energia cortada. No prédio onde ficam os meninos, o corte aconteceu na segunda-feira por volta do meio-dia. Na casa feminina, o desligamento da energia aconteceu próximo das 14h30 da terça-feira. No final da tarde de ontem, a Cosern religou a energia dos dois prédios. 

O Gabinete Civil, que paga as contas de água e energia de ambos, acionou a Cosern. Ainda segundo o órgão estadual, serão tomadas as providências para regularizar as contas em atraso. As dificuldades pelas quais passam os estudantes dessas entidades são quase tão antigas quanto o prédio da casa masculina, datada do século 19. Vão desde alimentação, passam pela insegurança e estrutura física. 


A Casa do Estudante do Rio Grande do Norte (Cern) é uma entidade privada sem fins lucrativos e reúne casas espalhadas   pelo Estado: Caicó (unissex); Mossoró e Natal. Há três meses a casa localizada no município de Jucurutu fechou. 

Quem conhece essa realidade há pela menos sete anos é Aline Fidelis. A jovem veio para Natal com 14 anos de idade cursar o ensino médio. Morou por alguns meses na casa de uma prima, mas depois foi para a Casa da Estudante de Natal. “Estudei na escola Ferreira Itajubá, em Neópolis, e estagiava no TRE. Diante desse estágio, resolvi fazer o curso de Direito. Consegui o FIES [Financiamento Estudantil] e estou no 5º período do curso”, contou a universitária, agora com 21 anos.

Filha de agricultores do município de Alexandria (distante 380 quilômetros de Natal), ela recebe do pai uma ajuda de R$ 180 mensais. Mas só de passagens de ônibus, Aline gasta R$ 60 por mês. “Nós estamos passando uma dificuldade aqui. E eles estão passando dificuldade lá. A gente mora aqui não é para luxar não, é por real necessidade”, disse, lembrando do período de anos de seca consecutivos que atinge seus pais. 

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