segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Governo começa a anunciar hoje corte de gastos e aumento de impostos

Que coisa, né? O governo se propõe agora a fazer com a faca no pescoço o que poderia ter feito antes, orientado por planejamento e método. O Planalto deve começar a anunciar nesta segunda as medidas que pretende adotar para zerar o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto no Orçamento de 2016 e, ora vejam, resgatar a proposta de fazer um superávit de 0,7% do PIB.
O desespero bateu depois que a agência Standard & Poor’s rebaixou a nota do país, passando-o para a categoria de grau especulativo, e a de mais um penca de empresas, muito especialmente da Petrobras, que caiu dois degraus de uma vez só e hoje tem uma nota inferior à do próprio país.
Tão logo houve o rebaixamento, o mundo político começou a debater abertamente o cenário pós-Dilma, expressando a certeza, que se generaliza mesmo entre petistas, de que a presidente não conclui o mandato porque, para repetir os termos de nota da Fiesp e da Firjan, “o governo não governa”.
Dilma se reuniu com ministros no sábado e no domingo. Ontem, definiu o valor do corte do Orçamento: pode chegar a R$ 22 bilhões, e já há um consenso de que não haverá como poupar os chamados gastos sociais. Nesta segunda, começam a ser detalhadas as medidas. A maior parte da economia virá das despesas discricionárias, definidas segundo as prioridades e escolhas do governo. Mas também as obrigatórias — Previdência e salário do funcionalismo, por exemplo — terão de ser contidas.

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